terça-feira, dezembro 27, 2005

O costume, se faz favor!

Era só para deixar a mensagem do costume, na quadra do costume, com as palavras do costume (o sentimento é que é renovado):
a
Feliz Natal e um óptimo 2006

sábado, dezembro 10, 2005

Favourite places

Ultimamente, o meu sítio preferido é dentro do teu abraço, com vista para o interior do teu olhar.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Das partidas e dos regressos

Sempre gostei mais das partidas. Das minhas, entenda-se. E dos regressos. Neste caso, do dos outros. Dos que fazem falta. E tu tens feito bastante.
E desta vez estou com sorte. Estás de regresso e eu de partida. Mas sem desencontros!
Mas para já vou ficar a degustar a palavra partida, qual quadrado de chocolate negro a derreter lentamente na minha boca... Par-ti-da...

segunda-feira, outubro 24, 2005

De regresso

Aos blocos de cimento. Ao trânsito. Aos STCP. E agora ao Metro. Ao aquecimento central. Ao hi-fi. À televisão. Ao computador. À Internet. Ao telefone fixo.
... ...
Ok, pronto, salva-se o aquecimento central!
Mas já tinha saudades do buliço da cidade...

quinta-feira, setembro 15, 2005

Nenhum Olhar

Tenho o peso do mundo sobre as costas. O sol põe-se no mar, ao fundo da Av. da Boavista, e cá dentro as sombras também crescem. Algo morre. Um pouco mais. Sou eu. Sou eu que morro um pouco mais. Espero, ao menos, que a primeira parte do vaticínio se tenha já cumprido. Caso contrário, duvido que resista muito mais. Resta-me esperar pelo futuro.
Entretanto, vou ficando com aquela que me parece hoje a única verdade, de José Luís Peixoto:
Já não posso voltar atrás, porque nunca se pode voltar atrás. Só o arrependimento daquilo que não escolhemos persiste, existe.

segunda-feira, junho 20, 2005

Mycobacterium praiae

Sabe bem decorar os esquemas terapêuticos dos antibacilares ao som das rolas insistentes. Ou adormecer, depois de estudar a tuberculose, com a areia da praia a transpirar maresia. Quem dera que a febre vespertina do sol do Verão e o emagrecimento das tristezas invernosas fosse multirresistente e se demorasse no meu corpo durante os próximos meses...

sábado, maio 14, 2005

Morada à beira-mar

Nos próximos tempos não me encontrarão aqui. Estarei a pisar o areal a perder de vista, quase intocado nesta época do ano, sobre o qual baila, no jogo do tapa-e-destapa, esse imenso véu azul-prata. Estarei lá, onde as manhãs cheiram a maresia e às hortênsias da minha mãe. Lá, onde os pássaros escondem o seu ninho no interior da sebe que escala o muro. Onde o comboio que transporta essa massa humana dos subúrbios é o que me separa e liga à cidade. É lá que estarei. Mas talvez até venha postar mais vezes. Talvez vos venha contar os segredos dos búzios. Lá, é quase garantido que irei escrever mais.

domingo, maio 01, 2005

Queima das Fitas do Porto

Vemo-nos por aí, este ano de cartola e bengala!

segunda-feira, abril 25, 2005

1 ano de Pink

Um ano mais cor-de-rosa. Na blogosfera, pelos menos. Na minha vida? Talvez, penso que sim... Quanto mais não seja porque agora tenho a Semiologia feita!

domingo, abril 10, 2005

O teu sms tornado post

Temos de aprender a respeitar as prioridades que sabemos que existem. Viver todos os dias cansa, mas morrer todos os dias cansa muito mais.
espaço
Parabéns! Thank you for always being here.

quinta-feira, março 31, 2005

Desamor e Grécia

Tenho andado ausente. A viver um desamor. Não me tem apetecido falar muito dele. Ontem, por acaso, foi excepção, mas o Blogger não quis que eu postasse. Talvez tenha sido melhor assim. Faltava o teu derradeiro telefonema. Mais uma discussão. A última. Tenho a convicção, de força crescente com o passar das horas, que se falássemos em Grego nos entenderíamos melhor. Assim, realmente, é impossível.
Aliás, fico a rir-me com a ironia do destino. Ontem, quase à hora do jantar, a fazer zapping, deparo-me com um filme no canal Hollywood passado em Santorini. Já não apanhei o título e, infelizmente, não o pude ver até ao fim. Também eu estive na praia de Perissa, fui a Akrotiri, visitei o vulcão e vi aquele pôr-do-sol único no mundo.
Quando falamos os dois, não comunicamos, trocamos somente palavras. É curioso, já vivi situações de comunicação sem haver uma língua, um código comum... Mas haver código comum sem haver comunicação é mais espantoso e frustrante (sim, bem sei que os elementos da comunicação são vários, mas estou apenas a centrar-me naqueles que são diferentes).
Pois é, não dá mesmo. Até porque eu arranho o Grego e tu só falas Português.

segunda-feira, março 07, 2005

Arrumações

Enchi 9 pastas de arquivo morto. As pilhas de fotocópias que já se amontoavam no chão, estão agora no interior de várias capas de lombada larga. O quarto levou uma limpeza geral. Apetece-me escrever, mas não acho as palavras. Certamente foram também deitadas fora, juntamente com os papéis esvaziados do cesto. Quero escrever sobre o filme que fui ontem ver ao cinema, sobre o que sinto por ti e sobre o que li em alguns posts noutros blogues, mas não me sai nada. Será que deitei fora só as palavras, ou, sem querer, esvaziei o coração? Será que as duas coisas que enunciei atrás não são, na verdade, uma só? Será que o meu coração não é senão palavras?!

sábado, fevereiro 19, 2005

Black out sentimental

Isso. Não penses nela. Não fales sobre o assunto. As palavras doem e já esgotaste o paracetamol amoroso. Ocupa as horas com outras tarefas (nestas situações qualquer coisa é válida - define o teu sentido de voto amanhã, por exemplo...). O curativo das feridas sentimentais, das relativamente superficiais e que não necessitam de sutura, não tem segredo: limpa-se com gaze embebida em tempo, desinfecta-se com tintura de silêncio e por cima usa-se um penso de esperança. Depois é só tomar cuidado para não molhar com salpicos de insensatez. Se fizeres assim, vais ver que quando tirares o penso, já passou.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Castigo

Tive um merecido castigo. Por tentar profanar o que é sagrado.
Tentei introduzir, à socapa, os descrentes no templo. O plano foi por água abaixo... Bem merecido, menina, que te sirva de lição!
Trás-os-Montes é uma Terra Poderosa. Contra aquelas montanhas batem os ventos do litoral e só passam as areias mais finas. Penso que o mesmo acontece com os corações dos forasteiros.
No Mundo Maravilhoso não entra toda a gente. Os badalos dos Caretos, quais espanta-espíritos, afugentam os mal intencionados.
Redutos sacrossantos querem-se como define o adjectivo.
Para lá do Marão... manda a Terra. E ela não quis.

domingo, janeiro 09, 2005

Para pensar

"Tendemos a olhar a vida como um bem inesgotável. E no entanto tudo nos acontece apenas um certo número de vezes, e um número bastante pequeno. Quantas vezes vais lembrar uma certa tarde da tua infância que parece tão fundamental ao teu ser? Umas quatro ou cinco. Talvez nem isso. Quantas vezes irás assistir ao nascer da Lua? Umas vinte. E ainda ssim tudo nos parece não ter limites."
Paul Bowles (Mulheres e Homens, Revista Xis nº 290)