sábado, dezembro 29, 2007

Esventrar

Vão-me esburacar a casa toda.

Porque um azar nunca vem só...

chove na sala de estar da minha casa nova.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

God forbid

Mais do que da doença, Deus nos livre, quando formos velhos, de uma família que se demita das suas responsabilidades.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Bridge with a view

Hoje, seriam umas 7.10h, bem a meio da travessia da Ponte da Arrábida veio-me à ideia - como, de resto, agora acontece invariavelmente sempre que ali passo - o excerto de um diálogo:

Ele: É aqui que choras?
Eu [sorriso cúmplice e nó na garganta]: Sim...

domingo, dezembro 23, 2007

A César o que é de César

A Invicta com mais espaço para respirar. Regozijo-me, obviamente.

Doesn't smell like Xmas

Ela: Sabes...? Este ano não me cheira nada a Natal...
Eu: Sei. A mim também não.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

À espera

Será que não chegaste ainda? O mau tempo obrigou-te a trocar as asas por carris? Ou não vens de todo?

quarta-feira, dezembro 19, 2007

A Tempestade

Aqui não há o som do mar revolto a embater nos pontões, esse barulho que nos rouba ao sono no decurso da noite, esse ruído de desassossego a encher a escuridão, e que nos tolhe os músculos do corpo e nos faz aproximar da face, muito a custo, os cobertores. Não há a luz do farol a varrer o breu, bússula dos homens do mar. Não há gaivotas em cima dos telhados nem os seus arrulhos aflitivos, nem a humidade tem o mesmo peso na balança atmosférica.
Mas há vento que obriga, que enregela, que, igualmente possante, zoa nos ouvidos e nas frinchas das portas e janelas.
Não há mar, mas há tempestade. E o medo que ela sempre traz.

Deduções ilógicas

Em Coimbra envelhece-se mais cedo.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Quatorze

Foi há um ano. Embora não raras vezes me questione (é uma questão de índole), o saldo continua positivo.

Para a frente é que é o caminho.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

terça-feira, dezembro 11, 2007

Há posts como faróis em noite de tempestade, de uma embarcação há muito perdida no mar do passado

Hoje ensinaram-me que há uma coisa mais obstinada que o tempo. Chama-se desejo.

Pink smile

Então hoje vai de pink!, disseram-me. Sim, sim, o sorriso não engana.

Em casa

Quando o sol me bate na cara e o vento me revolve os cabelos, na cercania da Praça dos Leões, sei que estou em casa.

Encontro Singular

O Progresso juntou-nos. Puseram-se várias coisas a Nu. As culpadas foram a cidade e as letras, paixões de toda uma vida. Que vão ardendo aqui e lá fora.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Bom dia!

atirado aqui assim da Invicta.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Solitudine

Pousou o telefone com um peso no coração. Ainda lhe ressoavam nos ouvidos as palavras de medo e pesar da avó. E concluiu: a solidão era a pior doença de todas.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Desaguisados

Hoje foi dia deles (desaguisado é uma palavra muito em uso por cá, a que eu acho imensa graça e que me dá gozo ficar a repetir, assim, vezes seguidas...).
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Valeu-me uma carta que recebi.

domingo, dezembro 02, 2007

Vaya Con Dios

E o espectáculo terminou assim.

sábado, dezembro 01, 2007

História

O post anterior é irrelevante. Ou melhor, contém uma palavra fulcral: reencontro. Que não aflora sequer o que teve lugar. Não foi um qualquer reencontro. Foi um reencontro histórico. Na minha vida pessoal, entenda-se, o resto do mundo prossegue a sua história. Mas na minha houve uma ruptura. De certa forma, haverá um antes e um depois de ontem. Absolutamente inesperado. Os vírus trouxeram-te a Coimbra. E até isso foi um pouco fortuito. De repente olhei, e lá estavas tu. Desde esse momento, o meu corpo foi tomado por um nervoso miudinho. Hesitei por segundos. Mas ainda há tempos tinha tentado saber notícias tuas. Reúno a coragem e abordo-te. A tua surpresa. Saímos da sala, numa hora (mais? menos? não contei e perdi literalmente a noção do tempo) pusemos parte da conversa em dia. Quatro anos de silêncio. Levei-te ao meu Serviço, memorizaste o meu número no teu novo telemóvel (eu nunca tinha perdido o teu, embora duvidasse que o número ainda se mantivesse). Confessei ter-te avistado no Molhe, confessaste ter-me visto de relance no São João. Quatro anos de silêncio. Que tu escolheste, é certo. Sempre me entristeceu isso, não havia justificação. Despudoradamente, pergunto-te se não queres conhecer a minha casa nova. Infelizmente não podes, vais regressar de boleia dali a pouco, urgência no dia seguinte. Quatro anos depois. Depois de teres cortado relações comigo (que disparate!). Não sou rancorosa, como sabes, e perdoei-te isso. E suportava até que me ignorasses nos corredores do hospital. E o curioso foi a sensação de familiaridade constante. Como se os quatro últimos anos da nossa vida não tivessem existido. E o momento em que afirmas que a tua última vinda a Coimbra tinha sido "quando vim contigo". Aliás Coimbra para mim, na idade adulta, é isso: esse dia que passámos aqui, há uns anos. Combinou-se encontro para um copo no Porto. Que suspeito não se vir a concretizar. Mas dou-me por feliz desta quebra de silêncio. Basta-me isso. Foste o meu maior amor até hoje e aquele silêncio era totalmente descabido. Coimbra voltou a ser ontem, para mim, a Cidade dos Amores. Idos, é certo, mas dos amores. E se não for por mais nada, já valeu a pena ter vindo viver para cá. Para escrever esta página de história.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Hepatobiliares

Os acontecimentos de hoje duplamente prejudicados por essa coisa que são os automóveis.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Urgências

Esta é dedicada ao Francisco Carvalho.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Tristeza

É pena. Provavelmente o meu grupo português preferido.

terça-feira, novembro 27, 2007

Açougue

- Tenho que ir ler umas coisas de fígado...
- A forma como dizes isso,... parece que estás no açougue.

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Não estou mas parece. Os nossos cirróticos têm morrido como tordos. Digo, como animais para abate.

Cosas raras

Alguien me lee en Caracas.

domingo, novembro 25, 2007

Empregado

No fim de me escrever o valor dos consumos no papel - particularidades de uma certa Pastelaria, a que até aprendi a achar alguma graça - acrescentou Continuação de uma boa tarde de Domingo. Uma bola fora, pensei - jargão consonante com o que vai passando na TV. Mas não o quis desiludir, sobretudo na aproximação de um final de dia de trabalho. E por respeito a isso, esbocei um sorriso e agradeci.

sábado, novembro 24, 2007

Os tempos

O jornal acabou de descer na minha consideração. É medir o nível de alcoolemia da malta que fez o ranking.

Viver

Pode-se viver a vida toda numa semana. A questão está em saber o que se faz com o resto dos dias, no resto do tempo.

sexta-feira, novembro 23, 2007

quarta-feira, novembro 21, 2007

Rx

A final bit of advice that applies to other areas of medicine also, the only way to gain competence and keep it is to practice, practice, practice, and then practice some more.

Luxos

(...)
Ele: E não há nada que eu possa fazer enquanto espero...? Tenho mesmo de estar aqui à espera das análises 3 horas?
Eu: Bem,... não é obrigado a nada, se quiser assinar um termo de responsabilidade e ir embora...
Ele: Não há assim uma Internet, um Messenger que eu possa usar, têm aí os computadores (a apontar para aquele onde eu estava a ver a radiografia de uma doente)...
Eu: Pois, mas estes, como compreenderá são para nós trabalharmos...
Ele: Enfim, é uma tristeza, não há condições... A pessoa quando vem ao hospital, mesmo que não esteja doente, sente-se mesmo doente...
.
.
Claro que a esta altura voltei a pousar os olhos na radiografia e respirei fundo, para não me indispor com o senhor que nem sequer estava a ser visto por mim, e que estava lá sentadinho, todo pimpão, perna traçada, a folhear o jornal, sorridente, na casa dos 40... Eu, enfim, sou uma moça de desejos simples, mesmo à 1:30h da manhã, estando eu de pé ao computador, ainda não tendo tido tempo de ir buscar a minha ceia, numa urgência confusa com máquinas de troponinas avariadas, impressoras a pifar, computadores lentos, macas em 3ª fila... Eu contentava-me em poder correr uma cortina para dar privacidade aos doentes no exame físico, em ter mais colegas, enfermeiros e auxiliares (ou uma melhor organização dos mesmos) e vá, pronto, agora assim um pedido mesmo à doida que era o de assistir pessoas verdadeiramente doentes. Irrita-me profundamente esta malta que vai entupir as urgências, consumir-nos tempo precioso para quem está mesmo mal e que ainda julga que um hospital é um centro recreativo, um hotel ou coisa do género! Estas pessoas deviam ser penalizadas por utilizarem indevidamente as urgências (de forma pecuniária e/ou outra). A Saúde não é um luxo, é um direito. E, como dizia um professor que tive, também um dever. As pessoas têm o dever de preservar a sua saúde e, acrescento eu, de respeitar quem trabalha na área e ainda os outros que precisam de recorrer aos cuidados de saúde. Tenho dito.

domingo, novembro 18, 2007

Poderes

O Philip Roth nada pôde contra um homem, cadeiras à frente, que era a versão portuguesa do Rodrigo Santoro, mas de cabelo comprido e apanhado num rabo-de-cavalo. Que até lhe caía muito bem sobre o cachecol escuro que trazia por cima do blazer.

sábado, novembro 17, 2007

Coimbra-B

Às vezes, fico terrivelmente cansada. Cansada de fazer e desfazer malas (desde que mudei de cidade estes actos ganharam uma nova e menos divertida conotação), de empacotar e desempacotar memórias, de abrir e fechar gavetas do coração.
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Há viagens imperativas, mas árduas.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Twenties

Um que se exaure em sangue por tudo quanto é orifício, outro cujo cartão de validade já atingiu o limite (segundo o filho) e o último, o amputado, que motejou do Clostridium, da Pseudomonas e da Escherichia, é o único bom para ir para casa.

terça-feira, novembro 13, 2007

Tele-culinária

Iniciei com a minha mãe, pela hora do jantar, um novo ritual que consiste em esclarecer, telefonicamente, dúvidas sobre a arte da cozinha.

segunda-feira, novembro 12, 2007

domingo, novembro 11, 2007

Who knows?

Maybe it was all a big, big mistake.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Silêncio

Escrevo e apago, o gesto repete-se. Não é que não tenha assunto, pelo contrário, mas não consigo que as palavras espelhem (bastaria que se assemelhassem) os sentimentos. Atenho-me, assim, ao silêncio.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Cooking

Isto de começar a cozinhar tem que se lhe diga.
Vai ser uma novela com bastantes episódios. Fiquem por aí.

terça-feira, novembro 06, 2007

Sentence of the day

- The most beautiful words in the English language are not "I love you", but "it's benign".

Harry, Deconstructing Harry

segunda-feira, novembro 05, 2007

Coisas que me dizem (enquanto faço uma gasimetria)

- Ó filhinha, tem é que ter muita fé no Senhor, devotar-se muito a Ele, é Ele que me salva, estamos todos nas mãos d'Ele, eu não digo os outros Anjos e a Senhora de Fátima, é mesmo o Senhor, Ele é que me tem valido a vida toda.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Eu e a minha casinha linda

Pareço um homem com carro novo.

segunda-feira, outubro 29, 2007

A minha casa nova

Ontem começou uma nova fase na minha vida. Há sonhos que se vão cumprindo.

sexta-feira, outubro 26, 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

Statu quo

Por este andar, qualquer dia tenho que mudar a cor e o slogan do blog.
E para acompanhar, agora era o terceiro movimento da sonata nº 2 para piano em si bemol menor, op. 35, de Chopin.
Mas eu, só para contrariar e para ao menos ter algum gostinho na vida, escolho outra.

Coisas (animadoras) que me dizem

- Deixa lá, pensa que 2007 foi um ano perdido.

Quando pensamos que não pode piorar...

Recorro às instâncias ao meu alcance. A resposta temida: forçosamente ter que prescindir de um direito.
São uns biltres. E isto é utilizar um eufemismo.
É aí que tento pensar no bem maior: os doentes. Mas, malogradamente, nem sempre resulta.

terça-feira, outubro 23, 2007

Variações (coisas que me dizem)

- Estou massa de bem com o mundo...

CH

Nesse país podes ser cidadão de segunda, mas no meu coração serás sempre cidadão de primeira.

domingo, outubro 21, 2007

Decoração

Depois deste fim-de-semana, o mundo dos parafusos e buchas com códigos de 6 algarismos deixou de ser um mistério para mim.

quinta-feira, outubro 18, 2007

O salutar destas coisas

Até nisto há que tentar ver o positivo: tirar as lições e precaver para o futuro.
E, claro, os infortúnios são óptimos barómetros das pessoas com quem podemos contar. Das que estão lá. Com a palavra amiga, com a ajuda.
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P.S.: Quero aqui deixar um beijinho e um agradecimento especial à M., de Coimbra. Ela lê o blog, de quando em vez. Esta é para ti, miúda! Valeu!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Adormecer

Coisas que passam do trivial ao pavoroso. Como adormecer.

terça-feira, outubro 16, 2007

Levam-nos tudo e deixam-nos o medo

E ficamos despojados. De memórias, objectos, valores, privacidade.
No reduto último.
Hoje, se conseguir adormecer, só o farei quando silenciar o choro miudinho que me apossa o corpo.

domingo, outubro 14, 2007

Variações (coisas que me dizem)

- Quando ouvi falar de TEP*, lembrei-me logo de ti...

*Tromboembolia Pulmonar

quinta-feira, outubro 11, 2007

Frivolous things

Hoje constatei um facto: desaprendi de andar de autocarro na minha cidade. Eu, que fiz a faculdade toda a viajar nos autocarros e sabia de cor e salteado ligações e frequências de passagem, nomeadamente das linhas 3, 78, 19, 24, 21 e até 41. Depois veio a revolução das várias carreiras, na altura em que comecei a pegar no carro para ir trabalhar. Agora, no visor electrónico dos veículos, aparecem números que nada me dizem. Por isso, hoje, lá estava eu na paragem, de dedito no mapa (unha lollypop!) à procura do autocarro a tomar para o trajecto pretendido. E quando cheguei lá dentro, claro!, tinha os Andantes esgotados!! Lá tive que ser estonadita e comprar o agente único.
Mas saiu-me um motorista alegre e brincalhão (não há disto em Coimbra).
Foi um episódio burlesco.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Ruas da minha cidade

Fiz as pazes com a minha cidade. Em verdade, a quezília não era com ela. Mas uso-a em sentido figurado.

Tenho aprendido que as cidades podem ser a metáfora de muita coisa.
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Longe

Sinto-me mentalmente em férias desde o início da semana. Hoje ocorreu-me a ideia (um pouco idiota, vá, mas façam-me a vontade) que se me perguntarem, assim de repente, nem sei bem que profissão exerço no dia-a-dia. Achei esta imagem maravilhosa. E tenciono manter-me neste limbo enquanto puder. É que só faço qualquer coisinha se alguém cair estatelado à minha frente ou se engasgar na mesa ao lado, na esplanada. Garanto-vos!

terça-feira, outubro 09, 2007

Olhares

Porque o olhar do amor é o olhar do isolamento. [...] Não, não é de um olhar de amor que ela precisa, mas da inundação dos olhares desconhecidos, grosseiros, concupiscentes e que poisam nela sem simpatia, sem escolha, sem ternura nem delicadeza, fatalmente, inevitavelmente. Esses olhares conservam-na na sociedade dos humanos da qual é separada pelo olhar do amor.

Milan Kundera, A Identidade, pág. 31

domingo, outubro 07, 2007

Dalí no Palácio do Freixo

E vou acalentando o sonho de um dia percorrer o triângulo Daliniano.


sábado, outubro 06, 2007

Táva-se mesmo a ver

que no fim de um dia como este (em que, devo acrescentar, é um daqueles dias do mês) tinha que receber um insistente convite para um café com um elemento do sexo oposto. Um daqueles que não têm sobejado ultimamente, nos quais admitimos a possibilidade de uma possibilidade. Lá recusei, delicadamente, propondo alternativa noutra data. Com a sortezinha que eu tenho, já todos percebemos em que é que isto (não) vai dar.

O que vale é que estas ironias da vida me divertem e eu estou a entrar naquela onda if it doesn't happen, it wasn't meant to be.

Dia de compras - resenha

Aspirador, máquina de café espresso, móvel de TV, móveis para a sala, mesa de centro (ainda em ponderação), tapete da sala (quase), fruteira, pratos de sobremesa (o resto da louça e trem de cozinha já tinha comprado) e escolha da cama e mesa-de-cabeceira. E ainda houve tempo para ver ene LCDs (sem me decidir por nenhum).

Volto para casa com as pernas dormentes e os neurónios fritos, mas de sorriso na cara.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Variações (Summertime)

A diacetilmorfina matou-a há 37 anos.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Variações (coisas que me dizem)

- Ainda não é o teu tempo.

Não contesto. Quem me conhece sabe que eu sempre tive uma relação difícil com o relógio.

terça-feira, outubro 02, 2007

Post para uma amiga que não lê blogs

Mais do que deslocada geográfica, és agora exilada sentimental. E eu sei o que isso custa. Gostaria de poder dizer-te que em breve poderás regressar ou que tenho a mezinha que te aliviará o sofrimento. Não é ética a prática da profissão quando perdemos a objectividade (pela relação de amizade e pela proximidade da maleita). Posso apenas escutar-te. E acalentar a esperança de um dia esta fase ser um episódio risível nas nossas vidas.
Tento olhar tudo como uma provação e incito-te a fazer o mesmo. Como um Harrison relacional. Vais ver que vai acabar mais rápido do que esperávamos.

segunda-feira, outubro 01, 2007

É hoje, é hoje

Frontispício do Pocket PC: Férias.
Porém, mais do que lá, sabem-me melhor no corpo.

domingo, setembro 30, 2007

Já só falta 1 dia

O bom filho à casa torna.

sábado, setembro 29, 2007

Já só faltam 2 dias

Hoje, por 4 vezes, uma pessoa diferente me disse que eu não tinha pronúncia à Porto. Uma chegou a perguntar-me, inclusivamente, de onde eu era.
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Começo a ficar preocupada. Deveras preocupada.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Já só faltam 3 dias

Final da temporada: banco.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Já só faltam 4 dias

Nesta casa - cada vez mais vazia - o arroz que se deita no prato, esta semana, é feito por mim.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Já só faltam 5 dias

Dás-me a notícia de que gravaste o nosso amor no teu corpo. Tatuado à direita do centro do mundo.
As lágrimas rolam-me pela face.
O coração em alvoroço.
Como na hora da partida do pau-de-arara.

terça-feira, setembro 25, 2007

Já só faltam 6 dias [#3]

Os caixotes que começavam a acumular-se pela casa, de novo. O buliço das coisas a tratar. Rituais na berma da aniquilação..
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E um certo deleite nisto tudo.

Já só faltam 6 dias [#2]

A estudantada voltou à cidade.

Já só faltam 6 dias [#1]

As rotinas pressagiadas: as falas, os actos, a cadência. Tudo esvaziado de assombro. O aproximar das férias deve tornar-nos intocáveis.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Já só faltam 7 dias

Hoje arranca, oficialmente, a contagem decrescente (da autora) deste blog para férias.

sábado, setembro 22, 2007

No words

Because I've spent them all for today.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Alert

Alta: interior referenciado - cama.

terça-feira, setembro 18, 2007

Ou isso

Este post também se podia chamar Crónicas de uma mudança entre o ansiado e o temido #1. A vida em flashback. Com as devidas adaptações. E novidades. E medos. E expectativas. Ou isso.

Por estes dias

Queria vestir todas as peles menos a minha.

Desejo

Que em vez de fechar para balanço, fechasse para férias.

Sintomas

Acordou. Avançou para a secretária que dá para a janela. Levantou a tampa do computador antes de levantar o estore.

segunda-feira, setembro 17, 2007

The blue city

Hoje, às 6:50h, enquanto olhava pela janela do 6º piso, era assim a cidade. Azul e baça. Casas e céu. Um cenário entre o irreal e o lastimoso. A pintar os corações dos que choravam o morto fresco e do que o há-de ser em breve. A verdade exposta Mas a senhora não pode fazer milagres. Até o senhor G. estava hoje triste quando lhe estendeu a mão no corredor. Com febre, disse, acrescentando, eu nem em criança tinha febre. Mas o narrador passa por tudo ileso. Só se ressente do cansaço, da lassidão do corpo, desse tédio orgânico que a ter cor, seria, indubitavelmente, azul.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Disease is a bad thing

Sobretudo quando afecta a Dani Klein em dia de espectáculo.

Manhãs pacíficas

Não são as que vivemos, mas já estivemos mais longe.

Awareness

Ultimamente, servem-me pérolas de sabedoria em louça de grés.
Mas se o relato, é porque me apercebo. Valha-me ao menos isso.

terça-feira, setembro 11, 2007

Nine eleven

Lembro-me claramente. O G. chamou-nos. Disse Estão aviões a atacar o Pentágono. Nem valorizámos grandemente. Coisas do G.. Mas os televisores do átrio da faculdade, sempre desligados, foram acesos para dar a conhecer as imagens. Quando vimos os aviões embater nas Torres Gémeas, percebemos que algo de maior se passava. Ainda não sabíamos o quê. De lá até cá, fomos relembrar ao dicionário palavras como terrorismo. E parece que ainda não abarcámos todas as definições, cabalmente.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Private joke

It was a piece of cake!

domingo, setembro 09, 2007

Morrer por uma imagem

Ficámos sem travões na descida. Foi só um susto. Mas se tivéssemos perecido num mergulho no Douro, ao avistar a Régua e os socalcos revestidos a ouro pelo sol que adormecia atrás dos montes, teria sido uma morte sublime.

Nossa Senhora dos Remédios

Não sei se fomos em peregrinação da Santa ou da nossa adolescência.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Aún no te he dicho

Yo he estudiado Castellano.

terça-feira, setembro 04, 2007

Equívocos que me divertem

Todos a julgar que não. E eu a assistir de bancada.
Como quando perguntamos a um doente com pancreatite aguda "Mas dói-lhe muito a barriga?" e ele responde "Nem por isso...". Gorados. É assim que ficamos. Que ficam, eles.
Eu... ando a tentar disfarçar o sorriso.

Pérgula da Foz

Teimas em não sair sob a forma de post. Chego à conclusão que Agosto/Setembro, no Molhe, é uma época do ano que nos é fatal.

sexta-feira, agosto 31, 2007

quinta-feira, agosto 30, 2007

Kundera é para ler no tempo fresco

Há escolhas melhores para um dia de Agosto em que os termómetros marcam 32ºC.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Nota futebolística

A República Cimbalino (como carinhosamente a denominámos) está prestes a dissolver-se. Coincidência, ou talvez por isso mesmo, temos passado bastante tempo juntos. Hoje foi dia de futebol, gargalhadas e jantar a quatro. Eu no meio de portistas. Mas a estrelinha esteve do nosso lado. E lá estaremos na fase de grupos.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Pensamentos à beira-mar

O Bar do Alex. O passadiço. Parei várias vezes no percurso só para olhar o mar, só para sentir o vento a acariciar o meu cabelo, só para olhar o mar... Esse mar que me puxa, onde a luz do sol batia em cheio, onde as rochas escorregadias estavam a descoberto, esse mar do qual agora sinto uma falta imensa (eu, que sempre preferi o campo), esse mar que me enfeitiça nas praias com bandeira azul, Madalena, Valadares, Francelos, fui e vim a pé, acabei o livro, revi as esplanadas onde há precisamente um ano a angústia se apoderava de mim, a angústia e a incerteza, mais a última, isso de não saber o que me esperava este ano, meu Deus!, Coimbra, quem diria!, a mudança de cidade, mais uma mudança agora, vou comprar casa, isso, diz as sílabas devagar com-prar ca-sa, mas agora a tranquilidade, o bem-estar, a empolgação da casa, comprar mesmo, nada de alugar, às vezes essa sensação da vida a começar, ainda, de novo, essa sensação de começo é a melhor coisa do mundo, só faltava mesmo alguém com quem partilhar o momento, este agora, o da tarde a cair frente a este mar espelhado e ao areal esplêndido, o Senhor da Pedra de um lado, o Porto do outro, que lindo! [sorrio, repetidamente], não tenho máquina fotográfica, que se lixe, fixo tudo na memória, estou sozinha mas, em boa verdade, sinto-me maravilhosamente bem, acho que sei de alguém que tirava agora uma foto espectacular [fecho os olhos e inspiro profundamente], este ar é que me vai fazer bem à constipação, ai, este mar...

Citação

A madrugada do Porto é um incêndio no meio do Verão.


Francisco José Viegas, Lourenço Marques, pág. 137

domingo, agosto 19, 2007

Insatisfações

No Clube Literário do Porto, ao som de um piano de onde saía o Sozinho do Caetano, confessou-me que o namoro dela ia mal. Ouvi. Aconselhei como pude.
Às vezes, parece que ninguém está bem. Quem está só e quem está acompanhado.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Fim-de-semana

Neste, não vai haver computador. Só o mar, do lado de Gaia.

Nota

Enterro as duas dores bem fundo - uma e outra, que às vezes parecem fundir-se - e sigo caminho. O hábito e a repetição sempre foram bons professores.

terça-feira, agosto 14, 2007

Os dias são a noite, as noites são os dias

Com os sonos trocados esta semana, mea culpa, o refrão daquela música dos Madredeus Os dias (a citar o título de cor), assenta-me que nem uma luva.

House searching in Coimbra

Desta feita, talvez fruto das circunstâncias do destino. Mas o que é facto é que tens estado sempre presente nos momentos decisivos da minha vida. Obrigada, F.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Necessidades básicas

Comer e dormir, além do trabalho. E um copo ocasional com os colegas.
Esta semana, não peço mais.

domingo, agosto 05, 2007

Bebedeiras

Banco. 05/08/2007. 3:00 H. Homem, 33 anos, prioridade Amarelo. Fluxograma: embriaguês aparente.
Intoxicação alcoólica.

Eu: Então, boa noite! Bem-disposto?
Ele: (fala arrastada) Olhe, estou a fazer os possíveis.
[Risos, à volta]
Eu: E então, andou a beber uns copos, foi?
Ele: Não, não, os copos não bebi... Eu bebi foi o líquido!
[Gargalhada geral]

terça-feira, julho 31, 2007

Deslocada

Ou melhor, displaced. O termo inglês surge-me mais pleno de significado.
É assim que me sinto hoje.
Por isso, esta música é perfeita.
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Obrigada, Francisco Afonso.

Pequenos prazeres da vida

Docas. 18:30 h. Frize Lima-limão. Lourenço Marques, de Francisco José Viegas. O Mondego adamantino à minha frente.

quarta-feira, julho 25, 2007

Final words

- Agora já pode descansar, senhor José.

Meme

A culpa é toda dele, aviso já...
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Gosto do cor-de-rosa, é a minha cor favorita!

Gosto muito da minha cidade, do mar e do Douro (que saudades, agora...), dos tripeiros e dos transmontanos. Dos tempos da minha infância. Do amor da minha família. Do meu núcleo duro de melhores amigos (à semelhança da Rita Lee, também acho que Amizade é Amor sem sexo).

Gosto muito de panados de perú com arroz de ervilhas, tudo o que saiba a café, de Covilhetes e Cristas de galo, da comida da minha mãe, das alheiras da minha tia e de morangos.

Gosto desta nova cidade em que vivo, do processo de adaptação, das descobertas, dos laços que vou tecendo devagar... Gosto do fim de tarde nas docas de Coimbra e do Leitão à Bairrada. Gosto dos bolos da Vénus. Gosto de comparar tripeiros e beirões.

Gosto muito do que faço, dos doentes e das doenças. Do privilégio de cuidar de pessoas. Também gosto das urgências, mesmo que isso inclua stress, aborrecimentos e estafa. E miséria. Muita miséria humana, que é o que mais se vê por lá. Gosto do facto de uma palavra de conforto ser, por vezes, mais eficaz que um medicamento. Ou de o complementar. Gosto dos doentes de livro, mas também do facto de a Medicina não ser como a Matemática. Gosto de entrar nos quartos da enfermaria, de brindar os doentes com um sorriso e de o ver devolvido. Nesse momento, algo cintila cá dentro.

Gosto de passear na blogosfera. Às vezes é vício. Adoro viajar. Conhecer pessoas, lugares, culturas e objectos.

Gosto de Línguas. Adoro mesmo. Falo algumas (com boa pronúncia, segundo os nativos). Quero aprender mais.

Gosto muito de música (de quase todos os tipos), tem um efeito muito especial sobre mim. Ultimamente, com queda para sons jazzísticos. E adoro cantar no banho!

Gosto de poesia. Amo a escrita e a leitura.
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E acho melhor não passar isto a ninguém... A hora já vai alta e vou dormir, que também é outra coisa que gosto de fazer. Até amanhã!

terça-feira, julho 24, 2007

Paliativos

Porque há sempre algo que podemos oferecer todos os dias.
Nem que seja um simples sorriso.

segunda-feira, julho 23, 2007

Antídoto

O dia está cinzento e chorão. A semana vai ser tudo menos preguiçosa. O meu contraveneno é ser despertada pela voz da Lisa em Daybreak.

quinta-feira, julho 19, 2007

Complaint Book - blank

Hoje, enquanto escrevia 19/07/07 na requisição de um exame radiológico, hesitei. A estranheza instantânea da labuta em semelhante data. Seguida de um sorriso. Assim vá passando o resto do Verão. Não me queixo.

segunda-feira, julho 16, 2007

Decisão

Tinha decidido parar de procurar. E esperar ser encontrada.

quarta-feira, julho 11, 2007

Um quadrado de chocolate preto por dia mantém a hipertensão arredia

As vantagens da Medicina Baseada na Evidência. Para ler aqui.

terça-feira, julho 10, 2007

Piropos

Hoje, no percurso do costume (aqui posso dar-me ao luxo de ir a pé para o trabalho), ao passar nuns prédios em construção na zona de Celas, ouço "Ó boua". Imediatamente reconheço a pronúncia e sustenho o riso. Atento no nome da construtora - uma empresa de Braga.
Os trolhas de Coimbra (se é que existem) não devem dizer coisas destas.

segunda-feira, julho 09, 2007

Pink dreams

Hoje adormeço assim.

Pequenas grandes vitórias ou o que eu gosto do novo Blogger

Consegui pôr ali o mail no canto superior direito e, quando se clica, inicia o Outlook.

domingo, julho 08, 2007

Equipamento cor-de-rosa

Eu sempre fui benfiquista. Agora ainda mais.

sábado, julho 07, 2007

White

Digitava as palavras na mensagem de telemóvel, afiançando-lhe que estava tudo bem e pedindo que não se preocupasse, terminando com um isto passa.
Mas era mentira.

quinta-feira, julho 05, 2007

A 8ª Maravilha

Fiquei aliviadíssima em saber que dentro da nossa casa ainda podemos dizer o que nos apetece.

quarta-feira, julho 04, 2007

Statement

Prefiro as tias da Foz às tias de Celas.

Feriado Municipal em Coimbra

Acordar cedo, abrir as portadas e subir os estores, na minha cidade. Ver as redes e as bancadas do Circuito da Boavista. O trânsito na Fonte da Moura às 9 da manhã. O percurso pela beira-rio, igualzinho ao que fazia todos os dias, com um sol escaldante a salpicar o Douro de pontos cintilantes. Desliguei o ar condicionado e abri as duas janelas para sentir o cheiro do rio.
Hoje matei saudades de quase tudo e todos.
As gentes da minha cidade nem imaginam como as amo.

quinta-feira, junho 28, 2007

A GEA

O mau-estar. As eructações constantes. As dejecções diarreicas. A noite em claro. As náuseas. Metoclopramida (10 mg). Os líquidos. O sono. Mais dejecções. Loperamida (2 mg). Menos náuseas. A canja. O sumo. A meia torrada.

terça-feira, junho 26, 2007

Prós e Contras

O fim desta temporada. Hoje, com redobrada atenção.

domingo, junho 24, 2007

São João

Foi como o reclamo da Super-Bock e do Bruno Nogueira.

quarta-feira, junho 20, 2007

20 de Junho de 2006

Os teus 25 anos. Muita tensão e choro.
O dia em que começou a tecer-se o fio do destino que me traria para Coimbra.

terça-feira, junho 19, 2007

Sweet taste in my mouth

A apresentação não podia ter corrido melhor.
Nem só de dissabores é feita a vida de um interno.
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sábado, junho 16, 2007

Um novo link ali ao lado

Porque já tinha passado e visto que as fotografias são muito boas. Por simpatia. Porque também me linkou (e não, eu não sei ver quem me linka e coisas do género - tenho que resolver isto um dia destes). Porque me apeteceu.

quarta-feira, junho 13, 2007

S de "Soap"

Fácies a expressar bem-estar.

terça-feira, junho 12, 2007

Prenda do 12 de Junho

Com um hibisco preso no cabelo.

terça-feira, junho 05, 2007

A cidade não tem culpa

Bem sei. Às vezes, penso que acabou por ser um pretexto.
Uma [des]culpa.

domingo, junho 03, 2007

It keeps getting worse

Pelo telefone e Messenger, amigos e conhecidos a convidarem-me para aparecer/ir até Serralves.
E eu em Coimbra, depois de um banco de cão...

Bonding

Eu sei, eu sei. Tenho que criar lugares meus em Coimbra. Dar-lhes um significado, ir-lhes construindo uma história. Para que deixem de me parecer ignotos e eu de lhes ser alheia. Sobretudo porque já passou algum tempo desde que cá estou. Mas tempo é precisamente o que me tem faltado.

Angustiante é...

...não termos os nossos amigos na cadeira à nossa frente, no café, à distância de um telefonema.

Crescer custa

Confesso. Não pude mais. Um esforço atroz para me controlar, era só estacionar a porcaria do carro mesmo à portinha e aguentar até entrar em casa. Não consegui. Assim que desliguei o motor, os olhos já cravejados de lágrimas, desatei num pranto aberto à vista de quem passasse na rua e olhasse para o interior da viatura. Chorei tudo. Recompus-me, entretanto. Entrei no prédio. Tenho sido a pessoa mais alegre, simpática e disponível daquela Enfermaria. E não é que isso seja um logro - eu sou assim. Esta semana fui até elogiada pelo meu chefe (que é difícil no trato e no feitio e nunca elogia ninguém)! Mas não estou bem. Não tem sido fácil. Vou é conseguindo enganar toda a gente. Até a mim. Às vezes.

quarta-feira, maio 30, 2007

sexta-feira, maio 25, 2007

Eles disseram tudo

Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro
em tua ausência - essa lâmina exata
que me penetra e fere e sangra e mata.
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quarta-feira, maio 23, 2007

Saudades deste Porto de vista

E dos seus (meus) Mestres.

segunda-feira, maio 21, 2007

That small

Na última sexta-feira dei alta a um doente que notei morar na mesma rua que eu. Até brinquei com a situação, dizendo, somos vizinhos, ó senhor F.! Não me detive, confesso, no número da porta. Até porque o meu prédio tem duas entradas (cada qual com o seu número, obviamente). Hoje, ao entrar no prédio, dou de caras com o homem a sair! Mora dois andares abaixo de mim. Que Coimbra era pequena, já eu sabia. Mas nunca imaginei que fosse tão pequena!
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P.S.: E, com a minha sorte, qualquer dia tenho o senhor a tocar à porta, a pedir receitas quando a medicação acabar!...

Silogismo

O amor é o que nos une.
O oceano é o que nos separa.
O que nos une é contrário ao que nos separa.
O amor é contrário ao oceano.

sexta-feira, maio 18, 2007

quarta-feira, maio 16, 2007

Entre uma alta e uma hematúria macroscópica

- Então, afinal, quando é que arranjas namorado?

segunda-feira, maio 14, 2007

A ouro

Praia de Jeri, 24/04/2007

Saudades de entardecer assim.

sábado, maio 12, 2007

Bónus

O congresso perto de casa. O fim-de-semana alongado. Na minha cidade.

quarta-feira, maio 09, 2007

Pedido

Segue o meu trilho.

domingo, maio 06, 2007

Cajueiro


A Felicidade. Sob o cajueiro.

sábado, maio 05, 2007

Tempo interior




Por onde andasse, sentia-se em êxtase interior, independentemente do que estivesse a acontecer à sua volta. E só lhe chamavam a atenção céu e árvores.

Praia do Coqueiro Solitário, 25/04/2007

quinta-feira, maio 03, 2007

3 anos de Pink

Este ano, a Liberdade foi assim.
Lagoas das dunas, perto de Tatajuba, 25/04/2007

quarta-feira, maio 02, 2007

domingo, abril 22, 2007

Até ao meu regresso


Nos próximos dias estarei por aqui.

quinta-feira, abril 19, 2007

Jantar no Varanda da Barra

Hoje. Ida e volta.
Porque a distância tem o tamanho que nós quisermos.

quarta-feira, abril 18, 2007

Escondida atrás do jargão

Era como a sarcoidose. Na etiologia e no prognóstico.

sexta-feira, abril 13, 2007

Eles (e a minha má disposição de hoje)

Eram mais impenetráveis, menos extrovertidos, mais emproados, mais desconfiados, mais tacanhos.
Sobretudo, mais tacanhos.
E, sobretudo, convencidíssimos que não.

Desmentido

O meu sexto sentido nunca foi grande coisa.

Paradoxos

Ter que aprender linguagem gestual para poder [legalmente] cantar.

quarta-feira, abril 11, 2007

Era uma questão de tempo (2)

Para ele era mesmo.
Diz-se que nem 8 nem 80. Com Paraquat é 0 ou 80. Vão por mim. Eu sei. Vejo-o todos os dias. Vai morrendo do arrependimento e do herbicida.

terça-feira, abril 03, 2007

domingo, abril 01, 2007

Aqui. E com saudades do meu norte.

sábado, março 31, 2007

A morte é um lugar definitivo

Quando os reflexos corneanos se vão, quando não há batimentos cardíacos nem movimentos respiratórios, tudo o resto parece pequeno.
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Demasiadamente pequeno.
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E as soluções para todos os nossos problemas afiguram-se de uma simplicidade cristalina e pueril.
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A vida é um lugar estranho.

sexta-feira, março 30, 2007

Bloqueio

Não sei se foi acto de represália ou volição.
Sei que não percebeste.
E entrego-me ao sono com uma pontada. No 3º esquerdo.

Palavra que sim

Vou imprimir esta página e mais esta e pendurá-las lá no Serviço.

De escadas

Ela: Preciso de emagrecer.
Eu: Tu? Mas engordaste, foi? Não se nota nada!...
Ela: Oh, não, pelo contrário, mas... é mais uma questão de 5º andar.
Eu: Quinto andar?? Humm... Já estou a ver de onde vem isso. Mas não é propriamente 5º andar!...
Ela: Pois não! É... vá, 3º andar.
Eu: Terceiro esquerdo, certo?

quinta-feira, março 29, 2007

Disjuntiva

Ou eram o calor e extroversão nortenhos ou coincidência.

terça-feira, março 27, 2007

A Páscoa está aí

Para haver ressurreição, tem de haver antes uma morte.

domingo, março 25, 2007

Na margem do desencontro

Ponte Pedonal Pedro e Inês

quinta-feira, março 22, 2007

Ementa

secretismos que ainda não podemos compreender.
Há salmos que só compreendemos a posteriori.
Há milagres que nos resgatam antes do último soçobro.

terça-feira, março 20, 2007

Apetites

Herberto Hélder ao pequeno-almoço, Mário Cesariny ao almoço, e.e. cummings ao jantar e Alberto Serra à ceia.

quarta-feira, março 14, 2007

Blues em Coimbra

Playing tonight.

terça-feira, março 13, 2007

Improbabilidades

Ontem a pessoa mais improvável de todas ofereceu-me uma borboleta-flor verde. Essa cor improvável de que ultimamente tanto gosto. E também a pessoa mais improvável de todas deixou passar a data em branco pela primeira vez.
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Houve também uma série de pequenas improbabilidades. Mas das boas.
Há um ano atrás, este dia também me surgiria como improvável. Este dia, nesta cidade, rodeada das pessoas com quem hoje estive, a trabalhar onde estou. Inimaginável é, na verdade, a palavra certa.
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Adoro estas improbabilidades da vida. Adoro dias assim.

segunda-feira, março 12, 2007

12 de Março

2ª F. S. Inocêncio. 1537, Fernão Mendes Pinto sai do Tejo, iniciando as fantásticas "Peregrinações". Quarto-Minguante 3h54m.

retirado do Almanaque Borda D'Água
E é também o dia do meu Aniversário.

domingo, março 11, 2007

May the Force be with you

It was.

Fado e lampreia

No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do muro
Existe tudo o mais que ainda me escapa
E um verso em branco à espera do futuro.
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José Luís Tinoco na voz de Carlos do Carmo

quinta-feira, março 08, 2007

Prendas do dia da Mulher

O País deu-nos uma Lei.
Eu inscrevi-me num ginásio em Coimbra.
Agradecem a alma e o corpo. Com especial destaque para os rins.

quarta-feira, março 07, 2007

Valores

Obrigações [de decidir e assinar]
Capitalizar [só se for impaciência]
Investir [era já!, numas feriazinhas no Chile, Rússia ou África; embora já me contentasse com Londres...]
Resgate [isso sim, isso sim! Somebody get me out of here, please!!]

segunda-feira, março 05, 2007

[House]keeping... sexy

Quem é que disse que fazer limpezas, além de divertido (e de prevenir o cancro do colo do útero), não pode ser sensual?!
Haviam de me ter visto hoje, com uma túnica que mal cobria a coxa, a limpar a casa de banho, enquanto cantarolava Coldplay...

Bliss

A M. percebeu tudo. A explicação foi muito sucinta. Até porque ela me leu melhor nos silêncios, que nas palavras.
Acho que arranjei uma mãe em Coimbra.

domingo, março 04, 2007

STOMP

Ontem à noite, no Coliseu do Porto. Os quinze euros mais bem gastos dos últimos tempos.

quinta-feira, março 01, 2007

Altruísmo

s.m., disposição para se interessar e dedicar ao próximo.
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Auxiliar os outros. Sobretudo quando somos nós a precisar. E ficamos na mesma.
Nomeadamente, arranjar-lhes casa.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Vida suspensa

Rezamos para que o laço que te cortou a vida e a fala, grite agora a verdade. Agora que jazes nessa mesa fria onde te rasgam a pele, te tiram os líquidos às colheradas e te pesam os órgãos.
Sobra-nos a tristeza.

P

P for plat.
P for provocative.
P for Pinky.

domingo, fevereiro 25, 2007

Com a causa ao peito

Por cada pessoa inscrita a SportZone dá 2 euros, para ser entregue à Liga Portuguesa Contra o Cancro, para o Cancro da Mama.
Inscrições e informações na SportZone e Runporto.

Pedro e o Lobo

What are you afraid of?

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Voet by stuk hou

Quando a terra vermelha é o que nos corre nas veias. E a coragem na objectiva. E o amor é negro.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Mayday, mayday (ao Francisco Carvalho)

Francisco: Há cerca de semana e meia que não consigo entrar no Nu Singular. Tentei enviar mail, onde explicitava melhor a situação, mas acho que a morada já não funciona.
Aparecem umas caixas acerca de uma ActiveX que me encerram todos os programas a correr no momento.
É só a mim que me acontece isto?!
P.S.: Não sabia de outra maneira para entrar em contacto contigo. Aguardo resposta. Aqui ou no mail. Beijinhos

Mixed feelings

Viver entre duas cidades.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Some things [gladly] never change...

Estacionei o carro nas Virtudes. O arrumador de boné vermelho, que por lá pára diariamente, desenrasca-me sempre um lugar jeitoso e ajuda-me na manobra. Ou eu faço-o acreditar que sim. Ele conhece-me o carro e o sorriso, eu conheço-lhe a embriaguez e a boa-vontade. Tenho sempre tempo para uma palavrita com ele, mesmo num dia de chuva insistente. Caminho pela minha cidade. Toda a gente à minha volta se movimenta em passo apressado e de cara fechada. É dia de trabalho, de preocupações. Não para mim. Calmamente, de guarda-chuva em riste, olho à volta, satisfeita. Os Clérigos ainda estão cobertos com o taipal do Pierce patrocinado pela cerveja. Percorro o Carmo, Carlos Alberto, toda a Cedofeita.
Afazeres cumpridos, a volta. As botas húmidas, as calças alagadas até meio da perna. Desisto de ir à Fnac de Santa Catarina, mas não hesito, quando o eléctrico passa por mim, em entrar no Piolho. O Sr. Afonso serve-me o lanche, Então Dra., como tem passado?, espero que acordes para marcarmos encontro (invariavelmente ainda dormes às 16h e tal...). Encontro adiado, regresso pela marginal.
Às vezes tenho a sensação de que nunca parti.

sábado, fevereiro 17, 2007

Am I a Cartoon?

Não, mas a minha noite dava uma banda desenhada. Daquelas da Maitena.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Rising in love

For love should be a rise, not a fall.

Eleito hoje como um dos meus locais favoritos em Coimbra.




Can my Valentine be a city?


Ojesed ed oiránec

Tango sob a chuva.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

domingo, fevereiro 11, 2007

sábado, fevereiro 10, 2007

Gostos

Gostava deles cavalheiros, com sentido de humor apurado, pêlos no peito e maçã-de-adão saliente. De preferência, morenos.
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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Intuições, no Miradouro de Farmácia

Acho que vou ser muito feliz em Coimbra.
19-12-2006

O[s] Nome[s] da Rosa

Desde ruiva falsa a Barbie com sotaque. Valia tudo.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Dia não

A impotência a encabeçar o dia. O desânimo que se lhe seguiu. A doença a pesar-me no corpo. As sapatilhas favoritas sujas de sangue. Os olhos pregados na calçada, a caminho de casa. Apesar de tudo, à cabeceira do doente, um sorriso aberto, um afago na cabeça durante o exame físico, a voz a destilar doçura. No pensamento, a frase mais bonita que me ensinaram até hoje: Os doentes têm o melhor de mim.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Hoje, como no outro dia

Fruto vermelho
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E não falo de morangos.
Nem de proibições.

domingo, fevereiro 04, 2007

Bandit, red, 16 valve

Os braços a enlaçá-lo; dois corpos movendo-se em uníssono. Houve alturas em que fechei os olhos e simplesmente me deixei levar... Ele a conduzir e a escolher a cadência.
Quem sabe, um dia ainda dançaríamos o tango.

sábado, fevereiro 03, 2007

Mission [im]possible

Aprender a ver a beleza das pessoas
Como a das cidades.

2 exemplos da Síndrome dos Meios Pequenos

Ela: És mesmo do Porto?
Eu: Sou.
Ela: Eu também... Quer dizer, sou de lá perto.
Eu: Ai sim?...
Ela: Sim, de Oliveira de Azeméis.
Eu: Pois, é perto...

Ele: Mas estás a gostar de Coimbra? Eu não... Acabando o curso quero sair daqui. É um meio muito pequeno. O que tem de bom é que a noite é bem mais barata...
Eu: Bem, por causa do trabalho ainda não tive grande tempo para conhecer a cidade. Mas do que tenho visto até agora, estou a gostar. É mais pequeno, mais pacato, mas é assim... uma cidade antiga, com história e recantos giros... Estou ansiosa por conhecer mais.
Ele: Ao fim de pouco tempo vais-te fartar.
Eu: Pois, não sei... Já me têm dito que sim, mas ainda há pouco cheguei, estou naquela fase da euforia e novidade... O resto logo se vê... Mas, ainda não percebi bem... Tu és do Porto?
Ele: Quer dizer, não exactamente... Mas estudei lá, no Alexandre Herculano.
Eu: Humm... Eu andei no Clara de Resende e no Carolina Michaelis... Mas então, de onde és mesmo?
Ele: (quase a medo) De Viana do Castelo.
Eu: Ah...

Lágrimas

Ontem, frente a elas, abriram-se baús de memórias. Amores felizes e infelizes. Pontos de vista. Crenças. Com o Mondego a rumorejar ao pé. E a rota dos pássaros por abóbada.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Neo-aforismos

Há pessoas que quanto geograficamente mais longe, mais perto.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

domingo, janeiro 28, 2007

Scattered friends

A A., qual D. Sebastião, está imersa na bruma. O H. partirá em breve para uma terra cronometricamente doce. Eu estou na cidade amorosa. Só o F. ficou. Mas até esse, tal é, por vezes, a dificuldade em achar-lhe o rasto, parece ter debandado.
Citando um amigo, o Porto ficando mais deserto.

Breakfast at Tavi's

Uma manhã coruscante de Domingo. A Boavista sem filas nos semáforos. Apanhei-te no sítio do costume. O sol glacial. O fim no início: o pequeno-almoço na Tavi. A deliciosa conversa de horas. A confissão das saudades que sinto [pela primeira vez] do mar. O teu sorriso harmónico. Fotografei-te com o mar ao fundo.
Teria sido perfeito, se não fosse [mais um]a despedida.

sábado, janeiro 27, 2007

O A. matou-se

O anúncio, na porta da cozinha. Fez-se um silêncio na conversa das duas mulheres. Os olhos da minha mãe ficaram brilhantes de água. Eu engoli em seco. É sempre dramático alguém tirar a própria vida.
Não o conhecia bem. Aliás, só o tinha visto uma vez. O conhecimento que sempre tive dele foi tão-só o que ouvi da boca dos outros. Não tinha mau coração. Mas era maluco. Vi-o pela primeira vez (última, agora) no funeral do meu avô. Estava curiosa, era consensual que ele era igualzinho ao meu bisavô paterno, que eu já não conhecera. O meu bisavô era um homem de um enorme coração e uma figura importante e respeitada lá na aldeia. Encorpado, tez clara, olho azul, lábios carnudos. Bonito. Mas as semelhanças acabavam aí, todos diziam. O meu tio era alheado. Metido consigo. E um homem desregrado.
O frasco vazio na mesa-de-cabeceira, a cadela a soltar gemidos do lado de fora da porta trancada por dentro. Ainda vomitou a caminho do hospital, mas já não se safou.
Nas palavras da minha mãe, teve uma morte igual à sua vida - triste.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Ventre

Nos Olivais, tinha aprendido naquele dia a magnetizar o desejo. Habibi style.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Olho clínico

A aceleração ruidosa, após o aquecimento do motor, ressoou pela avenida. Muitas das cabeças se voltaram para ver o que era. Ela não [precisou]. Já tinha o alvo na mira desde o início.

Principiante

Não sabia ainda se era melhor ou pior, era diferente. Não lhe ofereciam farda, nem as azulinhas, as Cartas eram, para já, escritas à mão. No refeitório, com pratos variados e bem confeccionados, circulava-se à civil. A hierarquia era a de sempre, o tratamento distinto. Susceptibilidades exacerbadas, a escola mais clássica. A responsabilidade era maior. E o desejo de fazer boa figura também. Até porque, presentemente, representava duas casas. Com pronúncia nortenha, diga-se. Indisfarçável, diziam-lhe.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Casa nova

Pink, agora a difundir a partir de Coimbra.
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P.S. : Agora só falta mesmo o rooter e depois será wireless.

domingo, janeiro 21, 2007

Mulher para todo o serviço

Por estas semanas, ia percebendo um pouco mais de computadores, ligações à Internet, Bluetooth, aparelhagens, microondas, chaves de parafusos, cilindros, máquinas de lavar roupa, fogões a gás e instalação eléctrica de casas.
E também de vocábulos proparoxítonos. Mas isso era tema para outro post.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Direito

O 13 não foi o meu. Mas bem que podia ter sido. De qualquer modo, a sorte estava do meu lado. Foi uma noite boa.

terça-feira, janeiro 16, 2007

On a rainy day like this

Morreu-me o primeiro.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Pinky dixit

Após uma ida ao cinema em Coimbra, concluí: os Conimbricenses são mais sentimentais que os Tripeiros. E não vou explicar porquê.

Coisas aparentemente simples

Disse-me um dia que adorava o nome. Mas nunca o ouvi pronunciá-lo.

sábado, janeiro 06, 2007

Foreigner

Foi assim que se sentiu quando, no café, pediu um pingo e o empregado a olhou com estranheza. Ela não percebeu. Segundos depois, o dissipar da dúvida:
- Ah, quer um garoto?
Ela anuiu, sorrindo. Mas, por uma questão de princípio, ia continuar a chamar-lhe pingo.

Matemáticas

A equação tinha solução incógnita. Mas o que a perturbava mais era a química.

O Beirão

De personalidade peculiar, disseram-lhe. A descobrir nos próximos anos.

Fim-de-semana na "Inbicta"

Até agora ainda não tinha sentido saudades da cidade. Só das pessoas.

So far, so good

Estava a correr tudo muito bem. E entusiasmava-a a novidade. Das ruas, da meteorologia, das caras, da pronúncia, dos modos, da geografia, dos hábitos (seus e dos outros).

Olá, olá

Era possível sobreviver uma semana sem Internet. Embora inicialmente parecesse que não.