quarta-feira, janeiro 31, 2007
domingo, janeiro 28, 2007
Scattered friends
A A., qual D. Sebastião, está imersa na bruma. O H. partirá em breve para uma terra cronometricamente doce. Eu estou na cidade amorosa. Só o F. ficou. Mas até esse, tal é, por vezes, a dificuldade em achar-lhe o rasto, parece ter debandado.
Citando um amigo, o Porto ficando mais deserto.
Breakfast at Tavi's
Uma manhã coruscante de Domingo. A Boavista sem filas nos semáforos. Apanhei-te no sítio do costume. O sol glacial. O fim no início: o pequeno-almoço na Tavi. A deliciosa conversa de horas. A confissão das saudades que sinto [pela primeira vez] do mar. O teu sorriso harmónico. Fotografei-te com o mar ao fundo.
Teria sido perfeito, se não fosse [mais um]a despedida.
sábado, janeiro 27, 2007
O A. matou-se
O anúncio, na porta da cozinha. Fez-se um silêncio na conversa das duas mulheres. Os olhos da minha mãe ficaram brilhantes de água. Eu engoli em seco. É sempre dramático alguém tirar a própria vida.
Não o conhecia bem. Aliás, só o tinha visto uma vez. O conhecimento que sempre tive dele foi tão-só o que ouvi da boca dos outros. Não tinha mau coração. Mas era maluco. Vi-o pela primeira vez (última, agora) no funeral do meu avô. Estava curiosa, era consensual que ele era igualzinho ao meu bisavô paterno, que eu já não conhecera. O meu bisavô era um homem de um enorme coração e uma figura importante e respeitada lá na aldeia. Encorpado, tez clara, olho azul, lábios carnudos. Bonito. Mas as semelhanças acabavam aí, todos diziam. O meu tio era alheado. Metido consigo. E um homem desregrado.
Não o conhecia bem. Aliás, só o tinha visto uma vez. O conhecimento que sempre tive dele foi tão-só o que ouvi da boca dos outros. Não tinha mau coração. Mas era maluco. Vi-o pela primeira vez (última, agora) no funeral do meu avô. Estava curiosa, era consensual que ele era igualzinho ao meu bisavô paterno, que eu já não conhecera. O meu bisavô era um homem de um enorme coração e uma figura importante e respeitada lá na aldeia. Encorpado, tez clara, olho azul, lábios carnudos. Bonito. Mas as semelhanças acabavam aí, todos diziam. O meu tio era alheado. Metido consigo. E um homem desregrado.
O frasco vazio na mesa-de-cabeceira, a cadela a soltar gemidos do lado de fora da porta trancada por dentro. Ainda vomitou a caminho do hospital, mas já não se safou.
Nas palavras da minha mãe, teve uma morte igual à sua vida - triste.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Olho clínico
A aceleração ruidosa, após o aquecimento do motor, ressoou pela avenida. Muitas das cabeças se voltaram para ver o que era. Ela não [precisou]. Já tinha o alvo na mira desde o início.
Principiante
Não sabia ainda se era melhor ou pior, era diferente. Não lhe ofereciam farda, nem as azulinhas, as Cartas eram, para já, escritas à mão. No refeitório, com pratos variados e bem confeccionados, circulava-se à civil. A hierarquia era a de sempre, o tratamento distinto. Susceptibilidades exacerbadas, a escola mais clássica. A responsabilidade era maior. E o desejo de fazer boa figura também. Até porque, presentemente, representava duas casas. Com pronúncia nortenha, diga-se. Indisfarçável, diziam-lhe.
terça-feira, janeiro 23, 2007
Casa nova
Pink, agora a difundir a partir de Coimbra.
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P.S. : Agora só falta mesmo o rooter e depois será wireless.
domingo, janeiro 21, 2007
Mulher para todo o serviço
Por estas semanas, ia percebendo um pouco mais de computadores, ligações à Internet, Bluetooth, aparelhagens, microondas, chaves de parafusos, cilindros, máquinas de lavar roupa, fogões a gás e instalação eléctrica de casas.
E também de vocábulos proparoxítonos. Mas isso era tema para outro post.
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Direito
O 13 não foi o meu. Mas bem que podia ter sido. De qualquer modo, a sorte estava do meu lado. Foi uma noite boa.
terça-feira, janeiro 16, 2007
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Pinky dixit
Após uma ida ao cinema em Coimbra, concluí: os Conimbricenses são mais sentimentais que os Tripeiros. E não vou explicar porquê.
sábado, janeiro 06, 2007
Foreigner
Foi assim que se sentiu quando, no café, pediu um pingo e o empregado a olhou com estranheza. Ela não percebeu. Segundos depois, o dissipar da dúvida:
- Ah, quer um garoto?
Ela anuiu, sorrindo. Mas, por uma questão de princípio, ia continuar a chamar-lhe pingo.
So far, so good
Estava a correr tudo muito bem. E entusiasmava-a a novidade. Das ruas, da meteorologia, das caras, da pronúncia, dos modos, da geografia, dos hábitos (seus e dos outros).
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