Está como o tempo. Ora chuvisca e arrefece, ora vem a tempestade e aquece um pouco, ora está esse cinzento-amarelo-cinzento que ninguém compreende bem.
Faça chuva ou faça sol. Alterna entre a displicência e a inquirição, entre a agressividade e o agradecimento.
Os dias escorrem ao ritmo das perfusões dos tratamentos (que não estão a resultar) e das transfusões. Agora ainda se debate com a febre.
Está nesse chove-não-molha.
Ele sente que está a morrer. Nós sabemos que ele está a morrer. Mas ainda ninguém teve coragem de lho dizer olhos nos olhos.
Ao invés, temos rodeado a sentença com essas palavras de chuva molha-tolos.
Sem comentários:
Enviar um comentário