sábado, fevereiro 19, 2005

Black out sentimental

Isso. Não penses nela. Não fales sobre o assunto. As palavras doem e já esgotaste o paracetamol amoroso. Ocupa as horas com outras tarefas (nestas situações qualquer coisa é válida - define o teu sentido de voto amanhã, por exemplo...). O curativo das feridas sentimentais, das relativamente superficiais e que não necessitam de sutura, não tem segredo: limpa-se com gaze embebida em tempo, desinfecta-se com tintura de silêncio e por cima usa-se um penso de esperança. Depois é só tomar cuidado para não molhar com salpicos de insensatez. Se fizeres assim, vais ver que quando tirares o penso, já passou.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Castigo

Tive um merecido castigo. Por tentar profanar o que é sagrado.
Tentei introduzir, à socapa, os descrentes no templo. O plano foi por água abaixo... Bem merecido, menina, que te sirva de lição!
Trás-os-Montes é uma Terra Poderosa. Contra aquelas montanhas batem os ventos do litoral e só passam as areias mais finas. Penso que o mesmo acontece com os corações dos forasteiros.
No Mundo Maravilhoso não entra toda a gente. Os badalos dos Caretos, quais espanta-espíritos, afugentam os mal intencionados.
Redutos sacrossantos querem-se como define o adjectivo.
Para lá do Marão... manda a Terra. E ela não quis.