domingo, março 21, 2010

Futebolística

Os meus amigos portistas têm mau perder, mas eu continuo a gostar deles.

sábado, março 20, 2010

Probabilística

Duas lágrimas. Uma de cada olho. Contornaram-lhe a face, preenchida pelos óculos e pela máscara de alto débito. Ainda lhe sequei uma com a mão. Verti uma, eu também.

Sei que depois de lhe ter desejado uma noite tranquila, melhor que a da véspera, fiz votos de bom fim-de-semana... votos sinceros, entenda-se, daquela sinceridade desesperançada de quem sabe que o fim-de-semana não será bom. Ou talvez sim, se a partida for suave.

Despeço-me até 2ª feira (como poderia não o fazer?) e ela devolve-me os votos de um bom fim-de-semana e acrescenta a certeza da evidência que lê no corpo e na alma: agradece tudo o que fizemos por ela, todos os cuidados, todos os esforços. Não que eu tivesse dúvidas da perspicácia da Sra. A., mas ficou tudo claro ali. Tudo claro, como a radiografia torácica dela.

Verti outra lágrima, impossível não o fazer ao vê-la naquela aflição, já com os dissílabos sumidos, mas a garantir-me que estava bem melhor que de manhã (umas saturações miseráveis, mas ao menos a frequência respiratória estava mais baixa)... Talvez para me tranquilizar, sempre bondosa a Sra. A.. A dispneia é das piores sensações que pode haver. Digo eu, que sou asmática, sei como é.

Não é impossível, é certo, mas altamente improvável que nos vejamos 2ª feira.

Vou de fim-de-semana com a Sra. A. no pensamento e no coração. Que se cumpra a vontade dela Que Deus Nosso Senhor resolva como (quando) achar melhor.

sexta-feira, março 12, 2010

Coisas que me aborrecem

Estar adoentada no meu dia de anos.

sábado, fevereiro 27, 2010

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Certezas

A ausência diminui as pequenas paixões e aumenta as grandes, da mesma forma como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.

La Rochefoucault

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Casadouro...

na Casa D'oro.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Chove-não-molha

Está como o tempo. Ora chuvisca e arrefece, ora vem a tempestade e aquece um pouco, ora está esse cinzento-amarelo-cinzento que ninguém compreende bem.

Faça chuva ou faça sol. Alterna entre a displicência e a inquirição, entre a agressividade e o agradecimento.

Os dias escorrem ao ritmo das perfusões dos tratamentos (que não estão a resultar) e das transfusões. Agora ainda se debate com a febre.

Está nesse chove-não-molha.

Ele sente que está a morrer. Nós sabemos que ele está a morrer. Mas ainda ninguém teve coragem de lho dizer olhos nos olhos.

Ao invés, temos rodeado a sentença com essas palavras de chuva molha-tolos.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Amanhã

Uma espécie de Augmentin. Se bem que eu prefiro Clavamox, que é nacional.