domingo, dezembro 31, 2006

Até breve

Sujeita a restrições de serviços cibernáuticos, voltarei em momento incerto. E a postar a uns cento e poucos quilómetros mais abaixo.
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P.S.: Desejo a todos um 2007 à medida dos vossos sonhos!

Ano Novo, Vida Nova

Desta vez era mesmo.

Despedidas


Mas sem dizer adeus. Como dizia um professor que tive há muitos anos, Adeus é para quem morre!
Retirada daqui.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

The last


With the opportunity to scrub in!

quarta-feira, dezembro 27, 2006

terça-feira, dezembro 26, 2006

N.B.

You must accept the things you cannot change. You have no ghosts and are not planning to adopt somebody else's. And above all, water and air were not the greatest of combinations, anyway.

domingo, dezembro 24, 2006

Boas festas...

ou não. Conforme aprouver a credos, religiões e outras disposições.
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[A bem da tolerância e pluralidade.]

sábado, dezembro 23, 2006

As if...

She was [almost] a blank slate.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Crónicas de uma partida an[un]siada #11

Foram as duas fazer compras de Natal para a Baixa. Mãe e filha. Como não acontecia há uns anos (das últimas vezes faziam-nas, apressadamente, nas grandes superfícies). O desejo de enlear o passado na vigência da partida. Ambas concordaram que a decoração da Avenida estava um tanto ou quanto pindérica, com aquelas luzinhas a pender das árvores. Pararam por breves instantes para ver e ouvir os cânticos, frente a um palco montado no empedrado. Poucos mesmo, o frio glacial não oferecia tréguas. Cúmplices e alegres, riam, abraçavam-se, seguravam nos sacos. Horas prazenteiras. E, no regresso [como acontecia sempre], pararam na Ribeiro onde compraram um quarto de quilo de cacos e outro de pirilampos, que degustaram pela rua.

A prudência, a aprendizagem ou a mudança de estratégia

Queria falar. Queria deixar verter os pensamentos, mas a prudência deteve-a. Isso e o bom conselho de um amigo. Desses que sabemos bons mas nunca seguimos. Mas estava decidida a quebrar o malfadado costume. Até porque a vida era curta e, perante a inevitabilidade de cometer erros, preferia cometer erros novos.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Engate [gorado] de noite, na Via Latina

- O Todo-Poderoso não vai ficar contente por me teres desprezado.

Reencontro na Feito Conceito

A expressão hiperbolizada, mas dita com surpresa e gosto autênticos:
- Pensei que nunca mais te ia ver na vida!
Alguém perguntou como se tinham conhecido. Ela respondeu:
- Hummm... Na máquina das gasimetrias.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Faltava dizer-te...

...thank you for having smoked my anxiety over that couple of cigarettes, that day.

Relativizar (aparvalhando)...

Porque há males que vêm por bem.
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Porque sinto que a minha vida está prestes a começar e é a melhor sensação do mundo!!
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Porque os cacos da Oncologia são melhores que os cacos da Medicina Interna.
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Porque não ter algumas das coisas que queremos faz parte integrante da nossa felicidade [esta acho que é do Dalai Lama, mas não tenho a certeza, nem vou verificar].

Come again?!

Ao telefone com o homem que melhor conhecia, durante um relato mais ou menos banal, teve a súbita impressão, após uma tirada dele, que não percebia nada dos homens. Ou das mulheres. Quem sabe, das pessoas.

domingo, dezembro 17, 2006

Crónicas de uma partida an[un]siada #10

Depois de terem trazido o André ao mundo, enquanto barravam requeijão no pão-de-ló e por cima deixavam pingar o mel caseiro com fartura, disseram-lhe que só tinham pena que ela fosse lá para baixo e as fosse deixar. Ela sorriu, agradecida.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Crónicas de uma partida an[un]siada #9

Ele: Se bem que Coimbra é uma cidade pequena... Mas pronto, vais conhecer gente nova, sítios diferentes...
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Ela: Eh pá, tás parvo?! Vê lá se fosse Guarda, Bragança ou Elvas... Além disso Coimbra tem FNAC!!
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Ele: [gargalhando] Ya... FNAC. Então sobrevive-se!

Crónicas de uma partida an[un]siada #8

Porque já estava na altura.

Neoplasia

do Gr. neós, novo + plásis, formação
espaço
espaço
Alguém dizia há tempos que o início era a morte. Desenganem-se. O início é o cancro.

Crónicas de uma partida an[un]siada #7

Perante os dados que foram lançados, a melhor jogada [creio].
À medida que a adrenalina desce no sangue, o sorriso aumenta na face.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Tomorrow, please wish me...

Merda, merda, merda... infinitas vezes merda.

Crónicas de uma partida an[un]siada #6

Alguém com certos poderes de adivinhação, vaticinou esta manhã. E eu acredito. Saio de casa com um sorriso nos lábios e um nervoso miudinho no corpo.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Crónicas de uma partida an[un]siada #5

Começou a semana infernal. Cada minuto que (não) passa é um prego que se enterra mais fundo.

sábado, dezembro 09, 2006

Crónica de uma morte ansiada

Li: Ca da vulva em fase terminal. Não imaginei um cenário bonito. Estava a consultar o processo, não conhecia ainda a doente. Quando entrei na enfermaria, acompanhada de uma colega mais velha, deparei-me com uma sorridente senhora de 80 anos, a quem a filha fazia companhia. Afável, super-lúcida, apenas ligeiramente queixosa. Estava ansiosa por ter alta e regressar a casa. Como já vinha sendo habitual, sobretudo ao longo do último ano. Internamentos de repetição para gerir intercorrências agudas. A doente não foi diagnosticada a tempo por vergonha de ir ao médico. Andou 30 anos com o tumor a crescer. Trinta anos. Agora, o basocelular tinha-se estendido a toda a bacia. Eu nunca tinha visto nada assim. Afiançaram-me que provavelmente nunca iria ver nada igual. O tumor invadia a vagina, o útero, a bexiga, a coxo-femural esquerda, o intestino. Na verdade, toda a bacia daquela mulher era o tumor. Confinada a uma cadeira de rodas, estava colostomizada, algaliada e tinha uma ferida colossal. Nem me atrevo a descrever. Valia-lhe o acompanhamento do anestesiologista da consulta da Dor Crónica. E a filha, zelosa. E o seu estoicismo. Houve um momento em que não aguentei. Nasceu-me um nó na garganta, e, aproveitando a colega estar a falar com a senhora e a familiar, discretamente, olhei pela janela: um entardecer lindo. Não sei se foi por olhar o Douro, mas os meus olhos encheram-se de lágrimas e apeteceu-me mergulhar na profundeza do rio. Respirei fundo, segurei as lágrimas como pude. Não cairam. Ainda bem. Mas o meu coração minguou. Já voltei para casa e ele ainda não recuperou o tamanho original. Talvez amanhã.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Crónicas de uma partida an[un]siada #4

Chovia torrencialmente e o vento dificultava ainda mais o controlo do veículo. Anoitecera já há um bom pedaço. No entanto, na auto-estrada Guimarães-Porto, ao volante do seu carro, nada lhe parecera tão claro: tinha que dar o grito do Ipiranga.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Hoje, a conjuntiva

Não querer ficar e querer partir.

Crónicas de uma partida an[un]siada #3

Viviam-se dias difíceis. De angústia delongada, com exacerbação recente indisfarçável nos rostos dos semelhantes. Noites mal dormidas que espontavam em humores precários. Tudo em jogo. O real e o hipotético. O presente e o futuro. As prioridades mais retalhadas que no matadouro. E ainda antes dos golpes, rotulá-las: geografia, vida familiar, riqueza, qualidade de vida, estado, privada, especialidade, renome, instituição... A lista era extensa. Carente de ordenação. E exigiam-se poderes divinatórios. No limite, do resto das suas vidas. No outro extremo, talvez de uma dúzia de revoluções lunares. E a imprevisibilidade desse mesmo limite. A contingência de tudo.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Black magic

Há coisa de umas semanas, caí sob o feitiço de uma voz... Na verdade, de duas. Mas só esta canta.
E como canta!...

Shara Worden - Golden Star