quarta-feira, dezembro 06, 2006

Crónicas de uma partida an[un]siada #3

Viviam-se dias difíceis. De angústia delongada, com exacerbação recente indisfarçável nos rostos dos semelhantes. Noites mal dormidas que espontavam em humores precários. Tudo em jogo. O real e o hipotético. O presente e o futuro. As prioridades mais retalhadas que no matadouro. E ainda antes dos golpes, rotulá-las: geografia, vida familiar, riqueza, qualidade de vida, estado, privada, especialidade, renome, instituição... A lista era extensa. Carente de ordenação. E exigiam-se poderes divinatórios. No limite, do resto das suas vidas. No outro extremo, talvez de uma dúzia de revoluções lunares. E a imprevisibilidade desse mesmo limite. A contingência de tudo.

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