segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Chove-não-molha

Está como o tempo. Ora chuvisca e arrefece, ora vem a tempestade e aquece um pouco, ora está esse cinzento-amarelo-cinzento que ninguém compreende bem.

Faça chuva ou faça sol. Alterna entre a displicência e a inquirição, entre a agressividade e o agradecimento.

Os dias escorrem ao ritmo das perfusões dos tratamentos (que não estão a resultar) e das transfusões. Agora ainda se debate com a febre.

Está nesse chove-não-molha.

Ele sente que está a morrer. Nós sabemos que ele está a morrer. Mas ainda ninguém teve coragem de lho dizer olhos nos olhos.

Ao invés, temos rodeado a sentença com essas palavras de chuva molha-tolos.

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