Nunca te cheguei a revelar um hábito meu, um ritual que cumpria sempre que estava em casa, ao entardecer, desde que o Inverno tinha partido. Encostava-me ao parapeito da janela do quarto (sim, aquela janela rasgada) e, em silêncio ou com a música a tocar, ficava a ver o pôr-do-sol e a sorrir sozinha, de felicidade e gratidão, por te ter. Era um momento em que revivia peripécias nossas... tecia sonhos...
É por isso que, agora que tudo acabou, os pores-do-sol me são difíceis.
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