O Bar do Alex. O passadiço. Parei várias vezes no percurso só para olhar o mar, só para sentir o vento a acariciar o meu cabelo, só para olhar o mar... Esse mar que me puxa, onde a luz do sol batia em cheio, onde as rochas escorregadias estavam a descoberto, esse mar do qual agora sinto uma falta imensa (eu, que sempre preferi o campo), esse mar que me enfeitiça nas praias com bandeira azul, Madalena, Valadares, Francelos, fui e vim a pé, acabei o livro, revi as esplanadas onde há precisamente um ano a angústia se apoderava de mim, a angústia e a incerteza, mais a última, isso de não saber o que me esperava este ano, meu Deus!, Coimbra, quem diria!, a mudança de cidade, mais uma mudança agora, vou comprar casa, isso, diz as sílabas devagar com-prar ca-sa, mas agora a tranquilidade, o bem-estar, a empolgação da casa, comprar mesmo, nada de alugar, às vezes essa sensação da vida a começar, ainda, de novo, essa sensação de começo é a melhor coisa do mundo, só faltava mesmo alguém com quem partilhar o momento, este agora, o da tarde a cair frente a este mar espelhado e ao areal esplêndido, o Senhor da Pedra de um lado, o Porto do outro, que lindo! [sorrio, repetidamente], não tenho máquina fotográfica, que se lixe, fixo tudo na memória, estou sozinha mas, em boa verdade, sinto-me maravilhosamente bem, acho que sei de alguém que tirava agora uma foto espectacular [fecho os olhos e inspiro profundamente], este ar é que me vai fazer bem à constipação, ai, este mar...
segunda-feira, agosto 27, 2007
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3 comentários:
São descrições assim que me desafiam a fotografar. Tentar encontrar a imagem que combine com as palavras e com as memórias dos sítios. Um destes dias leva-me lá para eu tentar. Num Setembro ao fim da tarde, ou num dia de Inverno de mar batido. bjos
;)...
Claro que sim!
Obrigado.
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