sexta-feira, setembro 01, 2006

Cartas

Cartas. De papel. E com cheiro. A rosas ou a outro perfume suave. Sobretudo as de amor. E porque não as de amizade?, havia conjuntos de cartas e envelopes lindos, com desenhos, odores, e relevos e recortes, escrevi muitas a amigas minhas e lembro-me também de as receber. Coleccionavam-se. Mas, sobretudo, as de amor. Devem ter sido descontinuadas. Hoje em dia isso acontece a muitas outras coisas. Outro dia rompi a pulseira de couro do meu relógio e fui à loja comprar outra. Não havia. Tinha sido descontinuada. Tiveram que enviar o mostrador para a marca. Lá me resolveram o problema. Esperei 3 meses. Andei sem relógio. Perdi a noção do tempo. Mas ontem vi um filme onde havia uma casa sobre um lago. Ou lagoa. E cartas. Muitas. E já me decidi. Acho que vou começar a escrever cartas. Em papel. E a deixá-las numa caixa de correio. A ver o que acontece. Perdi a noção do tempo. Pode ser que aconteça algo. Quem sabe o amor. Não tenho é destinatário. Penso. Primeiro tenho que alugar uma casa no lago. Vivo perto do mar. Bolas! Bolas, não. Cartas.

1 comentário:

alberto serra disse...

cada carta é o principio de muitas.
e uma declaração autenticada pelos pulsos é um subscrito perfumado.que saboroso o seu post.mande postais a cheirar a gardénias.alberto