quinta-feira, junho 19, 2008

Voltar à Vila Velha de Vila Real

Não voltei lá desde aquele dia. Desde logo, gostei de saber que no IP4 somos avisados da entrada no Reino Maravilhoso. O barro de Bisalhães permanece no mesmo sítio. As ruas estão enfeitadas, afinal é Santo António. A Vila Velha tem cara nova, com direito a museu moderno e horário alargado. Tudo diferente do que me lembro. Mais diferente ainda para a minha mãe, que não conteve as lágrimas. Tirando o tasco da D. Perpétua (que faz jus ao nome da proprietária), a casa das Marianas, a casa escura onde a Menina Inocência se sentava todos os dias à janela, a ver quem passa, as traseiras da casa da minha avó onde brincava eu, o Toy, e as pretinhas, a rede que cercava o Liceu e as traseiras do cemitério com lixo e preservativos abandonados no solo de terra batida, e tantas outras coisas que eu já não cheguei a conhecer, tudo o resto deixou de existir. Excepto as papoilas. Essas mantêm-se a polvilhar as encostas que descem até ao Corgo.
Depois, houve ainda covilhetes da Gomes e pitos da Lapão, a voltinha clássica pelas ruas onde, infelizmente, agora florescem lojas de chineses - até no antigo Excelsior! O café vagaroso no Clássico, os grupos de música tradicional na Praça e ainda Martinho da Vila no Teatro.
Gostei mesmo muito desse dia.
Volto no São Pedro.

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