terça-feira, janeiro 22, 2008

Aviso à navegação (em águas cor-de-rosa)

Por motivos profissionais, o blog estará em banho-maria até inícios de Fevereiro.

domingo, janeiro 20, 2008

Gatos

Quem me conhece sabe que prefiro cães. Mas confesso ter, recentemente, desenvolvido um gosto especial por gatos. Dos que arranham.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Running out of time

Escudei-me nas lentes. E na injecção conjuntival. Há alergias oportunas.
A água insistentemente a ressurgir-me nos olhos, enquanto fixava os dele. A busca das palavras que, não fugindo à verdade, lhe expliquem o desenrolar das coisas e não lhe roubem as noites de sono. Preciosas. Nem a tranquilidade. Difícil. Dias passados numa cama contados à cadência de horas passadas numa cama, em boa verdade, minutos que não passam, que escorrem mais lentos que as gotas de soro que lhe entram nas veias ao ritmo de uma por segundo. Os olhos da família fincados em mim. O meu sorriso, aberto, a mão sobre a dele, o ter que dar a explicação deixada em branco pelo cirurgião. Não me apoquentou, apesar de tudo. Ele entende-me bem - aliás, ele entende tudo muito bem, é novo, tem a nossa lucidez e outra ainda, a de quem carrega a doença no corpo - a ele é que os outros não entendem, a maldita da doença até a fala lhe levou. É preciso resignação e o estabelecimento de um código. Isso já temos. E temos o tempo. Esse malfadado tempo que surge a cada passo nas perguntas. Giram todas à volta dele. Do tempo, claro. E vou respondendo às várias perguntas, mas a derradeira questão, essa, fica por responder. Vai-se respondendo à pergunta do tempo com mais tempo - Vamos aguardar um pouco, Um dia de cada vez -. E assim vamos passando o tempo. Que ambos sabemos que se lhe esgota, sobretudo quando lhe peço paciência. Essa também se lhe começa a esgotar. A qualquer um de nós no lugar dele. E à família, que atravessa agora a fase de negação. É muito duro dizer a uma família que o desfecho vai ser o pior possível, mesmo quando isso significa o fim do sofrimento. E eu vou aprendendo, com o tempo, a lidar com isso. Hoje, parece-me que nunca serei capaz de o dizer sem lágrimas a nascerem-me nos olhos. Mas vamos dar tempo ao tempo. Até nisso o malfadado nos rouba.

Guitarras tricanas

Esta noite ouvi, pela primeira vez, Fado de Coimbra.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

De porta a porta

são 122,8 Km. Que me dão prazer. Gosto de conduzir.

domingo, janeiro 13, 2008

Liberdade

Dar liberdade ao outro implica maturidade e paciência.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Frase da noite

Todas as decisões finais são políticas.

Correia de Campos, Prós e Contras
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P.S.: Também não perdeste nada, Besugo.

Para onde vai a Saúde?

Estamos super-hiper-mega-ri-fixes equipados de ambulâncias, helicópteros, desfibriladores, trombolíticos e pessoal especializadíssimo no pré-hospitalar (não estamos, mas assumamos que sim). Agora ninguém se preocupa é o que acontece com os doentes depois de cruzarem a porta do hospital. A nível de meios, pessoas e formação. A história de Aveiro dá aos leigos uma ideia. Eu cá tenho as minhas. Mas o Sr. Ministro não está preocupado. Eu se fosse ele e tivesse que recorrer a uma consulta aberta num Centro de Saúde ou a uma Urgência hospitalar também não. E claro, não viver em Anadia, Cantanhede e São Pedro do Sul também dá uma ajuda.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Frase do dia

(no banco)
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- Sabes, podemos pecar muito!
- Hã?... [a minha expressão de incompreensão e curiosidade]
- Sim, se me mandarem para o Inferno já sei como é; de certeza que não pode ser pior que isto.

sábado, janeiro 05, 2008

Addiction

Estou viciada nesta música. Não tem nenhuma particularidade especial. A letra não é fora do normal. Mas entra fácil no ouvido, a guitarra liga muito bem com o tempo do lado de fora da janela e gosto quando ele diz Hey there Delilah.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Lame excuses

O Dr. Correia de Campos escuda-se atrás do facto do Bastonário ser interino e não comentar as críticas dele. Todos [sim, nós, os que estamos no terreno] estamos fartinhos de saber que as Urgências dos hospitais estão a rebentar pelas costuras.

Update

Obrigada a todos pelas palavras e o apoio. Vou sobrevivendo. Entre o temporal, a casa-de-banho escavacada, os bancos depois do fecho de Anadia e a prova que se avizinha.

terça-feira, janeiro 01, 2008

Passagem

Foi a entrada num novo ano mais sem-vontade que já passei. Não fiz projectos, não me meti em balanços, não sonhei coisas novas. Não celebrei nada.
Pode ser que o ter passado assim à socapa faça com que 2008 não me venha bater à porta com chatices.