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domingo, dezembro 21, 2008

The last (2)

Desta feita não tirei fotografia. Não houve tempo. A loucura foi tanta que quem ia fazendo uma hipoglicemia era eu. Tiveram que me enfiar um iogurte líquido goela abaixo para impedir que me estatelasse no chão daquele salão apinhado de macas.
Nesta altura do ano (e só agora começou a doer a sério) não lhes invejo a tarefa. Mas vou ter saudades das pessoas. Aprendi muito, apesar de tudo.
Todavia, acabou. Foram 106. A partir daqui, só por minha vontade e mais bem remunerada.

sábado, setembro 27, 2008

Farta da palhaçada que são as Urgências naquele hospital

Acabadinha de vir de uma noite fértil em imbróglios, e com a indignação a fervilhar dentro de mim, deixo-vos aqui uma frase que um especialista me disse hoje e que, concordarão, não carece de mais explicações:
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- Já devias saber que os senhores Professores não vêem doentes.

domingo, fevereiro 03, 2008

Cenário de guerra

A nossa bancada de trabalho é, cada vez mais, uma trincheira.
Amanhã tenho outra batalha pela frente.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Frase do dia

(no banco)
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- Sabes, podemos pecar muito!
- Hã?... [a minha expressão de incompreensão e curiosidade]
- Sim, se me mandarem para o Inferno já sei como é; de certeza que não pode ser pior que isto.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Luxos

(...)
Ele: E não há nada que eu possa fazer enquanto espero...? Tenho mesmo de estar aqui à espera das análises 3 horas?
Eu: Bem,... não é obrigado a nada, se quiser assinar um termo de responsabilidade e ir embora...
Ele: Não há assim uma Internet, um Messenger que eu possa usar, têm aí os computadores (a apontar para aquele onde eu estava a ver a radiografia de uma doente)...
Eu: Pois, mas estes, como compreenderá são para nós trabalharmos...
Ele: Enfim, é uma tristeza, não há condições... A pessoa quando vem ao hospital, mesmo que não esteja doente, sente-se mesmo doente...
.
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Claro que a esta altura voltei a pousar os olhos na radiografia e respirei fundo, para não me indispor com o senhor que nem sequer estava a ser visto por mim, e que estava lá sentadinho, todo pimpão, perna traçada, a folhear o jornal, sorridente, na casa dos 40... Eu, enfim, sou uma moça de desejos simples, mesmo à 1:30h da manhã, estando eu de pé ao computador, ainda não tendo tido tempo de ir buscar a minha ceia, numa urgência confusa com máquinas de troponinas avariadas, impressoras a pifar, computadores lentos, macas em 3ª fila... Eu contentava-me em poder correr uma cortina para dar privacidade aos doentes no exame físico, em ter mais colegas, enfermeiros e auxiliares (ou uma melhor organização dos mesmos) e vá, pronto, agora assim um pedido mesmo à doida que era o de assistir pessoas verdadeiramente doentes. Irrita-me profundamente esta malta que vai entupir as urgências, consumir-nos tempo precioso para quem está mesmo mal e que ainda julga que um hospital é um centro recreativo, um hotel ou coisa do género! Estas pessoas deviam ser penalizadas por utilizarem indevidamente as urgências (de forma pecuniária e/ou outra). A Saúde não é um luxo, é um direito. E, como dizia um professor que tive, também um dever. As pessoas têm o dever de preservar a sua saúde e, acrescento eu, de respeitar quem trabalha na área e ainda os outros que precisam de recorrer aos cuidados de saúde. Tenho dito.