sábado, maio 16, 2009

A espada sobre a cabeça

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- Sabe, Dra., eu bem sei que estou condenada, mas enquanto cá andar queria, ao menos, ter conforto...
- Está agora condenada!... Não diga isso. Todos podemos morrer a qualquer momento: olhe, eu posso ir a sair do hospital e ser atropelada na passadeira ali em frente.
- Oh, está bem, está bem, Dra.... Não me venha com essa, é diferente. A senhora não vive com a espada sobre a cabeça.
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Qualquer tentativa de resposta me pareceu ridícula. Fiquei em silêncio, segurei-lhe na mão e esbocei um sorriso tímido.

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