Os acontecimentos de hoje duplamente prejudicados por essa coisa que são os automóveis.
sexta-feira, novembro 30, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
quarta-feira, novembro 28, 2007
terça-feira, novembro 27, 2007
Açougue
- Tenho que ir ler umas coisas de fígado...
- A forma como dizes isso,... parece que estás no açougue.
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Não estou mas parece. Os nossos cirróticos têm morrido como tordos. Digo, como animais para abate.
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com o curso de hepatobiliares à porta
domingo, novembro 25, 2007
Empregado
No fim de me escrever o valor dos consumos no papel - particularidades de uma certa Pastelaria, a que até aprendi a achar alguma graça - acrescentou Continuação de uma boa tarde de Domingo. Uma bola fora, pensei - jargão consonante com o que vai passando na TV. Mas não o quis desiludir, sobretudo na aproximação de um final de dia de trabalho. E por respeito a isso, esbocei um sorriso e agradeci.
sábado, novembro 24, 2007
sexta-feira, novembro 23, 2007
quarta-feira, novembro 21, 2007
Rx
A final bit of advice that applies to other areas of medicine also, the only way to gain competence and keep it is to practice, practice, practice, and then practice some more.
Luxos
(...)
Ele: E não há nada que eu possa fazer enquanto espero...? Tenho mesmo de estar aqui à espera das análises 3 horas?
Eu: Bem,... não é obrigado a nada, se quiser assinar um termo de responsabilidade e ir embora...
Ele: Não há assim uma Internet, um Messenger que eu possa usar, têm aí os computadores (a apontar para aquele onde eu estava a ver a radiografia de uma doente)...
Eu: Pois, mas estes, como compreenderá são para nós trabalharmos...
Ele: Enfim, é uma tristeza, não há condições... A pessoa quando vem ao hospital, mesmo que não esteja doente, sente-se mesmo doente...
.
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Claro que a esta altura voltei a pousar os olhos na radiografia e respirei fundo, para não me indispor com o senhor que nem sequer estava a ser visto por mim, e que estava lá sentadinho, todo pimpão, perna traçada, a folhear o jornal, sorridente, na casa dos 40... Eu, enfim, sou uma moça de desejos simples, mesmo à 1:30h da manhã, estando eu de pé ao computador, ainda não tendo tido tempo de ir buscar a minha ceia, numa urgência confusa com máquinas de troponinas avariadas, impressoras a pifar, computadores lentos, macas em 3ª fila... Eu contentava-me em poder correr uma cortina para dar privacidade aos doentes no exame físico, em ter mais colegas, enfermeiros e auxiliares (ou uma melhor organização dos mesmos) e vá, pronto, agora assim um pedido mesmo à doida que era o de assistir pessoas verdadeiramente doentes. Irrita-me profundamente esta malta que vai entupir as urgências, consumir-nos tempo precioso para quem está mesmo mal e que ainda julga que um hospital é um centro recreativo, um hotel ou coisa do género! Estas pessoas deviam ser penalizadas por utilizarem indevidamente as urgências (de forma pecuniária e/ou outra). A Saúde não é um luxo, é um direito. E, como dizia um professor que tive, também um dever. As pessoas têm o dever de preservar a sua saúde e, acrescento eu, de respeitar quem trabalha na área e ainda os outros que precisam de recorrer aos cuidados de saúde. Tenho dito.
domingo, novembro 18, 2007
Poderes
O Philip Roth nada pôde contra um homem, cadeiras à frente, que era a versão portuguesa do Rodrigo Santoro, mas de cabelo comprido e apanhado num rabo-de-cavalo. Que até lhe caía muito bem sobre o cachecol escuro que trazia por cima do blazer.
sábado, novembro 17, 2007
Coimbra-B
Às vezes, fico terrivelmente cansada. Cansada de fazer e desfazer malas (desde que mudei de cidade estes actos ganharam uma nova e menos divertida conotação), de empacotar e desempacotar memórias, de abrir e fechar gavetas do coração.
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Há viagens imperativas, mas árduas.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Twenties
Um que se exaure em sangue por tudo quanto é orifício, outro cujo cartão de validade já atingiu o limite (segundo o filho) e o último, o amputado, que motejou do Clostridium, da Pseudomonas e da Escherichia, é o único bom para ir para casa.
terça-feira, novembro 13, 2007
Tele-culinária
Iniciei com a minha mãe, pela hora do jantar, um novo ritual que consiste em esclarecer, telefonicamente, dúvidas sobre a arte da cozinha.
segunda-feira, novembro 12, 2007
domingo, novembro 11, 2007
sexta-feira, novembro 09, 2007
Silêncio
Escrevo e apago, o gesto repete-se. Não é que não tenha assunto, pelo contrário, mas não consigo que as palavras espelhem (bastaria que se assemelhassem) os sentimentos. Atenho-me, assim, ao silêncio.
quarta-feira, novembro 07, 2007
Cooking
Isto de começar a cozinhar tem que se lhe diga.
Vai ser uma novela com bastantes episódios. Fiquem por aí.
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fiz estragos,
foi uma canseira limpar tudo,
o difícil é começar
terça-feira, novembro 06, 2007
Sentence of the day
- The most beautiful words in the English language are not "I love you", but "it's benign".
Harry, Deconstructing Harry
segunda-feira, novembro 05, 2007
Coisas que me dizem (enquanto faço uma gasimetria)
- Ó filhinha, tem é que ter muita fé no Senhor, devotar-se muito a Ele, é Ele que me salva, estamos todos nas mãos d'Ele, eu não digo os outros Anjos e a Senhora de Fátima, é mesmo o Senhor, Ele é que me tem valido a vida toda.
quinta-feira, novembro 01, 2007
segunda-feira, outubro 29, 2007
sexta-feira, outubro 26, 2007
quarta-feira, outubro 24, 2007
Quando pensamos que não pode piorar...
Recorro às instâncias ao meu alcance. A resposta temida: forçosamente ter que prescindir de um direito.
São uns biltres. E isto é utilizar um eufemismo.
É aí que tento pensar no bem maior: os doentes. Mas, malogradamente, nem sempre resulta.
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eu que aguente,
foi uma pulhice de todo o tamanho
terça-feira, outubro 23, 2007
Variações (coisas que me dizem)
- Estou massa de bem com o mundo...
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eu no momento não,
mas fico feliz que você esteja
domingo, outubro 21, 2007
Decoração
Depois deste fim-de-semana, o mundo dos parafusos e buchas com códigos de 6 algarismos deixou de ser um mistério para mim.
quinta-feira, outubro 18, 2007
O salutar destas coisas
Até nisto há que tentar ver o positivo: tirar as lições e precaver para o futuro.
E, claro, os infortúnios são óptimos barómetros das pessoas com quem podemos contar. Das que estão lá. Com a palavra amiga, com a ajuda.
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P.S.: Quero aqui deixar um beijinho e um agradecimento especial à M., de Coimbra. Ela lê o blog, de quando em vez. Esta é para ti, miúda! Valeu!
quarta-feira, outubro 17, 2007
terça-feira, outubro 16, 2007
Levam-nos tudo e deixam-nos o medo
E ficamos despojados. De memórias, objectos, valores, privacidade.
No reduto último.
Hoje, se conseguir adormecer, só o farei quando silenciar o choro miudinho que me apossa o corpo.
No reduto último.
Hoje, se conseguir adormecer, só o farei quando silenciar o choro miudinho que me apossa o corpo.
domingo, outubro 14, 2007
Variações (coisas que me dizem)
- Quando ouvi falar de TEP*, lembrei-me logo de ti...
*Tromboembolia Pulmonar
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amigos em congressos,
podiam dizer-me coisas piores
quinta-feira, outubro 11, 2007
Frivolous things
Hoje constatei um facto: desaprendi de andar de autocarro na minha cidade. Eu, que fiz a faculdade toda a viajar nos autocarros e sabia de cor e salteado ligações e frequências de passagem, nomeadamente das linhas 3, 78, 19, 24, 21 e até 41. Depois veio a revolução das várias carreiras, na altura em que comecei a pegar no carro para ir trabalhar. Agora, no visor electrónico dos veículos, aparecem números que nada me dizem. Por isso, hoje, lá estava eu na paragem, de dedito no mapa (unha lollypop!) à procura do autocarro a tomar para o trajecto pretendido. E quando cheguei lá dentro, claro!, tinha os Andantes esgotados!! Lá tive que ser estonadita e comprar o agente único.
Mas saiu-me um motorista alegre e brincalhão (não há disto em Coimbra).
Foi um episódio burlesco.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Ruas da minha cidade
Fiz as pazes com a minha cidade. Em verdade, a quezília não era com ela. Mas uso-a em sentido figurado.
Tenho aprendido que as cidades podem ser a metáfora de muita coisa.
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Longe
Sinto-me mentalmente em férias desde o início da semana. Hoje ocorreu-me a ideia (um pouco idiota, vá, mas façam-me a vontade) que se me perguntarem, assim de repente, nem sei bem que profissão exerço no dia-a-dia. Achei esta imagem maravilhosa. E tenciono manter-me neste limbo enquanto puder. É que só faço qualquer coisinha se alguém cair estatelado à minha frente ou se engasgar na mesa ao lado, na esplanada. Garanto-vos!
terça-feira, outubro 09, 2007
Olhares
Porque o olhar do amor é o olhar do isolamento. [...] Não, não é de um olhar de amor que ela precisa, mas da inundação dos olhares desconhecidos, grosseiros, concupiscentes e que poisam nela sem simpatia, sem escolha, sem ternura nem delicadeza, fatalmente, inevitavelmente. Esses olhares conservam-na na sociedade dos humanos da qual é separada pelo olhar do amor.
Milan Kundera, A Identidade, pág. 31
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eu era mais o oposto,
livros,
sempre o Kundera
domingo, outubro 07, 2007
sábado, outubro 06, 2007
Táva-se mesmo a ver
que no fim de um dia como este (em que, devo acrescentar, é um daqueles dias do mês) tinha que receber um insistente convite para um café com um elemento do sexo oposto. Um daqueles que não têm sobejado ultimamente, nos quais admitimos a possibilidade de uma possibilidade. Lá recusei, delicadamente, propondo alternativa noutra data. Com a sortezinha que eu tenho, já todos percebemos em que é que isto (não) vai dar.
O que vale é que estas ironias da vida me divertem e eu estou a entrar naquela onda if it doesn't happen, it wasn't meant to be.
Dia de compras - resenha
Aspirador, máquina de café espresso, móvel de TV, móveis para a sala, mesa de centro (ainda em ponderação), tapete da sala (quase), fruteira, pratos de sobremesa (o resto da louça e trem de cozinha já tinha comprado) e escolha da cama e mesa-de-cabeceira. E ainda houve tempo para ver ene LCDs (sem me decidir por nenhum).
Volto para casa com as pernas dormentes e os neurónios fritos, mas de sorriso na cara.
Volto para casa com as pernas dormentes e os neurónios fritos, mas de sorriso na cara.
quinta-feira, outubro 04, 2007
quarta-feira, outubro 03, 2007
Variações (coisas que me dizem)
- Ainda não é o teu tempo.
Não contesto. Quem me conhece sabe que eu sempre tive uma relação difícil com o relógio.
Não contesto. Quem me conhece sabe que eu sempre tive uma relação difícil com o relógio.
terça-feira, outubro 02, 2007
Post para uma amiga que não lê blogs
Mais do que deslocada geográfica, és agora exilada sentimental. E eu sei o que isso custa. Gostaria de poder dizer-te que em breve poderás regressar ou que tenho a mezinha que te aliviará o sofrimento. Não é ética a prática da profissão quando perdemos a objectividade (pela relação de amizade e pela proximidade da maleita). Posso apenas escutar-te. E acalentar a esperança de um dia esta fase ser um episódio risível nas nossas vidas.
Tento olhar tudo como uma provação e incito-te a fazer o mesmo. Como um Harrison relacional. Vais ver que vai acabar mais rápido do que esperávamos.
segunda-feira, outubro 01, 2007
domingo, setembro 30, 2007
sábado, setembro 29, 2007
Já só faltam 2 dias
Hoje, por 4 vezes, uma pessoa diferente me disse que eu não tinha pronúncia à Porto. Uma chegou a perguntar-me, inclusivamente, de onde eu era.
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Começo a ficar preocupada. Deveras preocupada.
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Começo a ficar preocupada. Deveras preocupada.
sexta-feira, setembro 28, 2007
quinta-feira, setembro 27, 2007
Já só faltam 4 dias
Nesta casa - cada vez mais vazia - o arroz que se deita no prato, esta semana, é feito por mim.
quarta-feira, setembro 26, 2007
Já só faltam 5 dias
Dás-me a notícia de que gravaste o nosso amor no teu corpo. Tatuado à direita do centro do mundo.
As lágrimas rolam-me pela face.
As lágrimas rolam-me pela face.
O coração em alvoroço.
Como na hora da partida do pau-de-arara.
terça-feira, setembro 25, 2007
Já só faltam 6 dias [#3]
Os caixotes que começavam a acumular-se pela casa, de novo. O buliço das coisas a tratar. Rituais na berma da aniquilação..
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E um certo deleite nisto tudo.
Já só faltam 6 dias [#1]
As rotinas pressagiadas: as falas, os actos, a cadência. Tudo esvaziado de assombro. O aproximar das férias deve tornar-nos intocáveis.
segunda-feira, setembro 24, 2007
Já só faltam 7 dias
Hoje arranca, oficialmente, a contagem decrescente (da autora) deste blog para férias.
sábado, setembro 22, 2007
quinta-feira, setembro 20, 2007
terça-feira, setembro 18, 2007
Ou isso
Este post também se podia chamar Crónicas de uma mudança entre o ansiado e o temido #1. A vida em flashback. Com as devidas adaptações. E novidades. E medos. E expectativas. Ou isso.
Sintomas
Acordou. Avançou para a secretária que dá para a janela. Levantou a tampa do computador antes de levantar o estore.
segunda-feira, setembro 17, 2007
The blue city
Hoje, às 6:50h, enquanto olhava pela janela do 6º piso, era assim a cidade. Azul e baça. Casas e céu. Um cenário entre o irreal e o lastimoso. A pintar os corações dos que choravam o morto fresco e do que o há-de ser em breve. A verdade exposta Mas a senhora não pode fazer milagres. Até o senhor G. estava hoje triste quando lhe estendeu a mão no corredor. Com febre, disse, acrescentando, eu nem em criança tinha febre. Mas o narrador passa por tudo ileso. Só se ressente do cansaço, da lassidão do corpo, desse tédio orgânico que a ter cor, seria, indubitavelmente, azul.
sexta-feira, setembro 14, 2007
Awareness
Ultimamente, servem-me pérolas de sabedoria em louça de grés.
Mas se o relato, é porque me apercebo. Valha-me ao menos isso.
terça-feira, setembro 11, 2007
Nine eleven
Lembro-me claramente. O G. chamou-nos. Disse Estão aviões a atacar o Pentágono. Nem valorizámos grandemente. Coisas do G.. Mas os televisores do átrio da faculdade, sempre desligados, foram acesos para dar a conhecer as imagens. Quando vimos os aviões embater nas Torres Gémeas, percebemos que algo de maior se passava. Ainda não sabíamos o quê. De lá até cá, fomos relembrar ao dicionário palavras como terrorismo. E parece que ainda não abarcámos todas as definições, cabalmente.
segunda-feira, setembro 10, 2007
domingo, setembro 09, 2007
Morrer por uma imagem
Ficámos sem travões na descida. Foi só um susto. Mas se tivéssemos perecido num mergulho no Douro, ao avistar a Régua e os socalcos revestidos a ouro pelo sol que adormecia atrás dos montes, teria sido uma morte sublime.
quarta-feira, setembro 05, 2007
terça-feira, setembro 04, 2007
Equívocos que me divertem
Todos a julgar que não. E eu a assistir de bancada.
Como quando perguntamos a um doente com pancreatite aguda "Mas dói-lhe muito a barriga?" e ele responde "Nem por isso...". Gorados. É assim que ficamos. Que ficam, eles.
Eu... ando a tentar disfarçar o sorriso.
Pérgula da Foz
Teimas em não sair sob a forma de post. Chego à conclusão que Agosto/Setembro, no Molhe, é uma época do ano que nos é fatal.
sexta-feira, agosto 31, 2007
quinta-feira, agosto 30, 2007
Kundera é para ler no tempo fresco
Há escolhas melhores para um dia de Agosto em que os termómetros marcam 32ºC.
quarta-feira, agosto 29, 2007
Nota futebolística
A República Cimbalino (como carinhosamente a denominámos) está prestes a dissolver-se. Coincidência, ou talvez por isso mesmo, temos passado bastante tempo juntos. Hoje foi dia de futebol, gargalhadas e jantar a quatro. Eu no meio de portistas. Mas a estrelinha esteve do nosso lado. E lá estaremos na fase de grupos.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Pensamentos à beira-mar
O Bar do Alex. O passadiço. Parei várias vezes no percurso só para olhar o mar, só para sentir o vento a acariciar o meu cabelo, só para olhar o mar... Esse mar que me puxa, onde a luz do sol batia em cheio, onde as rochas escorregadias estavam a descoberto, esse mar do qual agora sinto uma falta imensa (eu, que sempre preferi o campo), esse mar que me enfeitiça nas praias com bandeira azul, Madalena, Valadares, Francelos, fui e vim a pé, acabei o livro, revi as esplanadas onde há precisamente um ano a angústia se apoderava de mim, a angústia e a incerteza, mais a última, isso de não saber o que me esperava este ano, meu Deus!, Coimbra, quem diria!, a mudança de cidade, mais uma mudança agora, vou comprar casa, isso, diz as sílabas devagar com-prar ca-sa, mas agora a tranquilidade, o bem-estar, a empolgação da casa, comprar mesmo, nada de alugar, às vezes essa sensação da vida a começar, ainda, de novo, essa sensação de começo é a melhor coisa do mundo, só faltava mesmo alguém com quem partilhar o momento, este agora, o da tarde a cair frente a este mar espelhado e ao areal esplêndido, o Senhor da Pedra de um lado, o Porto do outro, que lindo! [sorrio, repetidamente], não tenho máquina fotográfica, que se lixe, fixo tudo na memória, estou sozinha mas, em boa verdade, sinto-me maravilhosamente bem, acho que sei de alguém que tirava agora uma foto espectacular [fecho os olhos e inspiro profundamente], este ar é que me vai fazer bem à constipação, ai, este mar...
Citação
A madrugada do Porto é um incêndio no meio do Verão.
Francisco José Viegas, Lourenço Marques, pág. 137
domingo, agosto 19, 2007
Insatisfações
No Clube Literário do Porto, ao som de um piano de onde saía o Sozinho do Caetano, confessou-me que o namoro dela ia mal. Ouvi. Aconselhei como pude.
Às vezes, parece que ninguém está bem. Quem está só e quem está acompanhado.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Nota
Enterro as duas dores bem fundo - uma e outra, que às vezes parecem fundir-se - e sigo caminho. O hábito e a repetição sempre foram bons professores.
terça-feira, agosto 14, 2007
Os dias são a noite, as noites são os dias
Com os sonos trocados esta semana, mea culpa, o refrão daquela música dos Madredeus Os dias (a citar o título de cor), assenta-me que nem uma luva.
House searching in Coimbra
Desta feita, talvez fruto das circunstâncias do destino. Mas o que é facto é que tens estado sempre presente nos momentos decisivos da minha vida. Obrigada, F.
quinta-feira, agosto 09, 2007
Necessidades básicas
Comer e dormir, além do trabalho. E um copo ocasional com os colegas.
Esta semana, não peço mais.
domingo, agosto 05, 2007
Bebedeiras
Banco. 05/08/2007. 3:00 H. Homem, 33 anos, prioridade Amarelo. Fluxograma: embriaguês aparente.
Intoxicação alcoólica.
Eu: Então, boa noite! Bem-disposto?
Ele: (fala arrastada) Olhe, estou a fazer os possíveis.
[Risos, à volta]
Eu: E então, andou a beber uns copos, foi?
Ele: Não, não, os copos não bebi... Eu bebi foi o líquido!
[Gargalhada geral]
Intoxicação alcoólica.
Eu: Então, boa noite! Bem-disposto?
Ele: (fala arrastada) Olhe, estou a fazer os possíveis.
[Risos, à volta]
Eu: E então, andou a beber uns copos, foi?
Ele: Não, não, os copos não bebi... Eu bebi foi o líquido!
[Gargalhada geral]
terça-feira, julho 31, 2007
Deslocada
Ou melhor, displaced. O termo inglês surge-me mais pleno de significado.
É assim que me sinto hoje.
Por isso, esta música é perfeita.
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Obrigada, Francisco Afonso.
Pequenos prazeres da vida
Docas. 18:30 h. Frize Lima-limão. Lourenço Marques, de Francisco José Viegas. O Mondego adamantino à minha frente.
quarta-feira, julho 25, 2007
Meme
A culpa é toda dele, aviso já...
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Gosto do cor-de-rosa, é a minha cor favorita!
Gosto muito da minha cidade, do mar e do Douro (que saudades, agora...), dos tripeiros e dos transmontanos. Dos tempos da minha infância. Do amor da minha família. Do meu núcleo duro de melhores amigos (à semelhança da Rita Lee, também acho que Amizade é Amor sem sexo).
Gosto muito de panados de perú com arroz de ervilhas, tudo o que saiba a café, de Covilhetes e Cristas de galo, da comida da minha mãe, das alheiras da minha tia e de morangos.
Gosto desta nova cidade em que vivo, do processo de adaptação, das descobertas, dos laços que vou tecendo devagar... Gosto do fim de tarde nas docas de Coimbra e do Leitão à Bairrada. Gosto dos bolos da Vénus. Gosto de comparar tripeiros e beirões.
Gosto muito do que faço, dos doentes e das doenças. Do privilégio de cuidar de pessoas. Também gosto das urgências, mesmo que isso inclua stress, aborrecimentos e estafa. E miséria. Muita miséria humana, que é o que mais se vê por lá. Gosto do facto de uma palavra de conforto ser, por vezes, mais eficaz que um medicamento. Ou de o complementar. Gosto dos doentes de livro, mas também do facto de a Medicina não ser como a Matemática. Gosto de entrar nos quartos da enfermaria, de brindar os doentes com um sorriso e de o ver devolvido. Nesse momento, algo cintila cá dentro.
Gosto de passear na blogosfera. Às vezes é vício. Adoro viajar. Conhecer pessoas, lugares, culturas e objectos.
Gosto de Línguas. Adoro mesmo. Falo algumas (com boa pronúncia, segundo os nativos). Quero aprender mais.
Gosto muito de música (de quase todos os tipos), tem um efeito muito especial sobre mim. Ultimamente, com queda para sons jazzísticos. E adoro cantar no banho!
Gosto de poesia. Amo a escrita e a leitura.
Gosto do cor-de-rosa, é a minha cor favorita!
Gosto muito da minha cidade, do mar e do Douro (que saudades, agora...), dos tripeiros e dos transmontanos. Dos tempos da minha infância. Do amor da minha família. Do meu núcleo duro de melhores amigos (à semelhança da Rita Lee, também acho que Amizade é Amor sem sexo).
Gosto muito de panados de perú com arroz de ervilhas, tudo o que saiba a café, de Covilhetes e Cristas de galo, da comida da minha mãe, das alheiras da minha tia e de morangos.
Gosto desta nova cidade em que vivo, do processo de adaptação, das descobertas, dos laços que vou tecendo devagar... Gosto do fim de tarde nas docas de Coimbra e do Leitão à Bairrada. Gosto dos bolos da Vénus. Gosto de comparar tripeiros e beirões.
Gosto muito do que faço, dos doentes e das doenças. Do privilégio de cuidar de pessoas. Também gosto das urgências, mesmo que isso inclua stress, aborrecimentos e estafa. E miséria. Muita miséria humana, que é o que mais se vê por lá. Gosto do facto de uma palavra de conforto ser, por vezes, mais eficaz que um medicamento. Ou de o complementar. Gosto dos doentes de livro, mas também do facto de a Medicina não ser como a Matemática. Gosto de entrar nos quartos da enfermaria, de brindar os doentes com um sorriso e de o ver devolvido. Nesse momento, algo cintila cá dentro.
Gosto de passear na blogosfera. Às vezes é vício. Adoro viajar. Conhecer pessoas, lugares, culturas e objectos.
Gosto de Línguas. Adoro mesmo. Falo algumas (com boa pronúncia, segundo os nativos). Quero aprender mais.
Gosto muito de música (de quase todos os tipos), tem um efeito muito especial sobre mim. Ultimamente, com queda para sons jazzísticos. E adoro cantar no banho!
Gosto de poesia. Amo a escrita e a leitura.
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E acho melhor não passar isto a ninguém... A hora já vai alta e vou dormir, que também é outra coisa que gosto de fazer. Até amanhã!
terça-feira, julho 24, 2007
Paliativos
Porque há sempre algo que podemos oferecer todos os dias.
Nem que seja um simples sorriso.
segunda-feira, julho 23, 2007
Antídoto
O dia está cinzento e chorão. A semana vai ser tudo menos preguiçosa. O meu contraveneno é ser despertada pela voz da Lisa em Daybreak.
quinta-feira, julho 19, 2007
Complaint Book - blank
Hoje, enquanto escrevia 19/07/07 na requisição de um exame radiológico, hesitei. A estranheza instantânea da labuta em semelhante data. Seguida de um sorriso. Assim vá passando o resto do Verão. Não me queixo.
segunda-feira, julho 16, 2007
quarta-feira, julho 11, 2007
Um quadrado de chocolate preto por dia mantém a hipertensão arredia
As vantagens da Medicina Baseada na Evidência. Para ler aqui.
terça-feira, julho 10, 2007
Piropos
Hoje, no percurso do costume (aqui posso dar-me ao luxo de ir a pé para o trabalho), ao passar nuns prédios em construção na zona de Celas, ouço "Ó boua". Imediatamente reconheço a pronúncia e sustenho o riso. Atento no nome da construtora - uma empresa de Braga.
Os trolhas de Coimbra (se é que existem) não devem dizer coisas destas.
segunda-feira, julho 09, 2007
Pequenas grandes vitórias ou o que eu gosto do novo Blogger
Consegui pôr ali o mail no canto superior direito e, quando se clica, inicia o Outlook.
domingo, julho 08, 2007
sábado, julho 07, 2007
White
Digitava as palavras na mensagem de telemóvel, afiançando-lhe que estava tudo bem e pedindo que não se preocupasse, terminando com um isto passa.
Mas era mentira.
quinta-feira, julho 05, 2007
A 8ª Maravilha
Fiquei aliviadíssima em saber que dentro da nossa casa ainda podemos dizer o que nos apetece.
quarta-feira, julho 04, 2007
Feriado Municipal em Coimbra
Acordar cedo, abrir as portadas e subir os estores, na minha cidade. Ver as redes e as bancadas do Circuito da Boavista. O trânsito na Fonte da Moura às 9 da manhã. O percurso pela beira-rio, igualzinho ao que fazia todos os dias, com um sol escaldante a salpicar o Douro de pontos cintilantes. Desliguei o ar condicionado e abri as duas janelas para sentir o cheiro do rio.
Hoje matei saudades de quase tudo e todos.
As gentes da minha cidade nem imaginam como as amo.
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